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Saiba como ingressar no mercado bilionário de créditos de carbono

As mudanças climáticas se tornaram uma das maiores ameaças ao futuro do planeta e, por isso, exigem ações urgentes para o incentivo da redução das emissões de gases do efeito estufa (GEE). Não à toa, o Ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, anunciou que o marco legal do mercado de carbono é prioridade na pauta da transição ecológica e pretende aprovar o texto ainda esse semestre. Para o pesquisador e especialista em Mudanças Climáticas e Mercado de Carbono, Dr. Carlos Sanquetta, a decisão visa regulamentar um mercado que, até então é trabalhado de forma voluntária, visando apenas à reputação social e ambiental das empresas. “Diante desse cenário, resolvi promover um evento para explicar como funciona o mercado de crédito de carbono na prática e como isso pode ser uma ferramenta não apenas para estimular a redução da emissão de gases de efeito estufa, mas também como oportunidade de lucro”.

O evento, que acontece entre os dias 22 e 24/01, às 19h, vai ser transmitido gratuitamente pelo canal do YouTube Dr Sanquetta. Sanquetta explica que a iniciativa tem o objetivo de envolver e conscientizar a população sobre a importância de práticas sustentáveis. “Além do conhecimento adquirido sobre o mercado de crédito de carbono, os participantes terão a oportunidade de compreender como suas escolhas e ações, individuais ou corporativas, podem contribuir para a redução das emissões de gases poluentes. Isso não apenas fortalece a responsabilidade ambiental pessoal, mas também abre portas para oportunidades de investimento sustentável, possibilitando um ganho financeiro expressivo enquanto contribuem para a preservação do planeta”, diz o especialista em mudanças climáticas e crédito de carbono.

Segundo estudo apresentado no último Fronteiras e Tendências (Frontend), o mercado de carbono pode gerar 8,5 milhões de empregos até 2050. E o Brasil pode movimentar entre US$ 493 milhões a US$ 100 bilhões com o mercado de carbono. Para o Dr. Carlos Sanquetta, o país tem grande potencial nesse mercado. “Mais de 80% da produção de energia do Brasil vem de fontes renováveis, enquanto a média mundial é de 30%. O Brasil é um dos melhores países do mundo para gerar créditos de carbono, podemos atender até 49% da demanda mundial, até 2030. Há muitos pontos a favor desse mercado, como: regulamentação do artigo 6 do Acordo de Paris, retorno do mercado regulado de carbono, regulamentações internacionais e nacionais de equivalência de carbono e a criação do mercado brasileiro de carbono (PL 528, PL 412 e seus desdobramentos)”, pontua.

Como funciona o mercado de carbono

O mercado regulado de carbono é baseado em metas e compromissos de redução e compensação de emissões de gases de efeito estufa, que são regulados internacionalmente, por regiões e países. Vários países já têm o seu mercado regulado nacional e o Brasil está para criar o seu. “Vale ressaltar que já existe um mercado voluntário em atuação no país, que não é regulado, mas reputacional. Os compradores de crédito fazem para melhorar sua performance social e ambiental, aumentando suas chances de obter melhores taxas e financiamentos e melhorar seus índices de sustentabilidade na Ibovespa, por exemplo”, explica o especialista que atua há 29 anos como professor titular da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e é cientista do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas).

O crédito de carbono é uma espécie de “moeda” que representa a quantidade de carbono que deixou de ser emitida ou foi removida da atmosfera, contribuindo assim com a diminuição do efeito estufa. Um crédito de carbono é 1 tonelada de dióxido de carbono equivalente. “Países do mundo todo fizeram acordos estabelecendo metas de redução de emissões de carbono. Para atingir essas metas, o governo de cada país cobra ações efetivas das empresas, que melhoram processos, implantam novas tecnologias e reduzem suas emissões. Mas essa redução nem sempre é viável no patamar estabelecido pelo país, por isso, nesses casos, as empresas podem comprar créditos de carbono de um projeto que esteja reduzindo emissões ou removendo carbono da atmosfera. Com várias iniciativas como essa, o governo consegue cumprir sua meta de redução de emissão”, esclarece Sanquetta.

Sobre o evento online e gratuito

O método de Sanquetta é dividido em 3 fundamentos onde é possível compreender desde como funciona o mercado de créditos de carbono, passando pela elaboração de um projeto no setor, além do estudo de cases de sucesso na área e o entendimento da comercialização de créditos de carbono para ingressar na prática. As aulas estarão disponíveis de forma gratuita e 100% on-line. Basta se inscrever no link: https://lp.drsanquetta.com.br/cadastro-bio

 

Sobre Carlos Sanquetta (@drsanquetta):

Carlos Sanquetta é pesquisador e professor universitário com 38 anos de experiência profissional, com foco quase que em sua totalidade em Mudanças Climáticas e Mercado de Carbono.[Quebra da Disposição de Texto]É Ph.D. em Ecologia e Recursos Naturais (Japão e Portugal) e Mestre em Agricultura e Ciências Florestais (Japão e Brasil). Sanquetta também desenvolve um importante trabalho no cenário internacional como membro do IPCC – Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU. Além disso, é representante do Brasil na International Organization for Standardization (ISO) e autor de 30 livros e mais de 50 artigos científicos. Hoje, além de professor titular da Universidade Federal do Paraná (UFPR), cargo que exerce há 29 anos, Sanquetta também atua como educador digital sobre o mercado de créditos de carbono, onde já soma mais de 1.000 mil alunos. Além da experiência acadêmica, o paranaense também atua de forma prática no mercado, onde já elaborou inúmeros projetos de inventários de emissões de gases de efeito estufa e de créditos de carbono.

 


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