A Federação dos Cafeicultores do Cerrado realizará, entre os dias 1º e 8 de outubro, um road show para promover o selo de Denominação de Origem (DO) da Região do Cerrado Mineiro (RCM) em três importantes cidades italianas: Milão, Florença e Roma.
A iniciativa faz parte da campanha “A Verdade é Rastreável”, que busca destacar a autenticidade e rastreabilidade do café produzido na região. A ação conta com o apoio das cooperativas do sistema Carmocer, Carpec, Coocacer Araguari, Coopadap, Expocacer e MonteCCer, além de sete associações: ACA, Acarpa, Amoca, Appcer, Assocafé, Assogotardo e GRE Café – Região de Araxá.
Representada por seu presidente, Gláucio de Castro, o diretor executivo, Juliano Tarabal, e o coordenador da DO, Tiago Furlaneto, a comitiva contará ainda com a participação de produtores, representantes de cooperativas e do Sebrae. O objetivo é apresentar o processo de certificação da DO para empresas italianas envolvidas na industrialização, importação e comercialização de café, fortalecendo a presença da marca Cerrado Mineiro no mercado europeu.
Foco estratégico na Itália
A escolha da Itália para a realização do road show não é por acaso. O país é um dos maiores importadores de café brasileiro, especialmente do Cerrado Mineiro, e também um dos principais consumidores de produtos com Denominação de Origem, fator que agrega valor ao café da região. “Queremos mostrar para os italianos o que torna o café do Cerrado Mineiro único: sua rastreabilidade e autenticidade”, afirma o presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Gláucio de Castro.
O tour começa no dia 1º de outubro, em Milão, em uma ação simbólica para comemorar o Dia Internacional do Café. A illycaffè, uma das maiores empresas de café na Itália, promoverá uma ativação especial em uma das mais famosas estações de metrô da cidade, destacando o café do Cerrado Mineiro com o selo de origem e a prática da agricultura regenerativa. No mesmo dia, haverá uma prova de café (cupping) na cafeteria Cafezal Specialty Coffee, oferecendo aos consumidores italianos uma experiência sensorial com o autêntico café da região. No dia seguinte, outro evento será realizado na mesma cafeteria, desta vez para compradores.
A programação segue em Florença, no dia 3 de outubro, com um evento para torrefadores na cafeteria Ditta Artigianale e se encerra em Roma, no dia 8, com um encontro na Embaixada do Brasil voltado para a indústria de torrefação, com a participação de Vanusia Nogueira, diretora executiva da Organização Internacional do Café (OIC) e de Andrea Illy, presidente da illycaffè.
Estratégia de internacionalização
A campanha de internacionalização da marca RCM visa aumentar a demanda por cafés com Denominação de Origem, promovendo não apenas o produto, mas também os produtores, cooperativas e demais players envolvidos no sistema RCM. A rastreabilidade, principal diferencial do café do Cerrado Mineiro, é uma garantia de origem que atende às expectativas do consumidor europeu, cada vez mais preocupados com a sustentabilidade e autenticidade dos produtos que consome.
Segundo Juliano Tarabal, a Federação dos Cafeicultores do Cerrado busca, com essas ações, ampliar o reconhecimento da Denominação de Origem Cerrado Mineiro no mercado italiano e abrir novas oportunidades de negócios para os produtores da Região. “Mapeamos mais de 700 empresas no mundo que utilizam a origem Cerrado Mineiro e o mercado italiano é um dos principais. Escolhemos a Itália para iniciar uma série de eventos internacionais, com o objetivo de detalhar como funciona o processo de Denominação de Origem (DO), apresentando a produção, normas, benefícios, as características do terroir, além de informar os principais números, cooperativas e armazéns credenciados e a história dos produtores. Nossa expectativa é que o road show gere novas parcerias comerciais, ampliando ainda mais o crescimento da marca RCM no mercado global”, destaca Juliano Tarabal.
Sobre a RCM
A Região do Cerrado Mineiro abrange 55 municípios e uma área cultivada de aproximadamente 250 mil hectares, produzindo em média seis milhões de sacas de 60 kg por ano. Esse volume representa 25,4% da produção de café em Minas Gerais e 12,7% da produção nacional.
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