Próxima florada do café pode ser afetada pela seca? Colheita da safra atual avança

As exportações dos cafés do Brasil registraram crescimento no acumulado de janeiro a abril de 2024, alcançando um volume físico de 16,24 milhões de sacas de 60kg. Essas exportações geraram uma receita cambial de US$ 3,4 bilhões, com um preço médio de US$ 211,86 por saca. Os dados são do Observatório do Café, que destaca a performance excepcional do setor neste período.

O café arábica foi o grande destaque entre as exportações, somando 12,46 milhões de sacas e representando 76,7% do total exportado. Em seguida, o café canephora alcançou 2,55 milhões de sacas, correspondendo a 15,7%. O café solúvel também teve um desempenho expressivo, com 1,2 milhão de sacas exportadas, o que equivale a 7,4% do volume total. Já o café torrado e moído registrou 11,13 mil sacas exportadas, representando apenas 0,2% do total.

O período de janeiro a abril de 2024 marcou um recorde para as exportações de café do Brasil, com um aumento de 45,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, a receita cambial obtida foi a maior da história para esses meses, com um crescimento de 42,4% em comparação aos US$ 2,41 bilhões registrados em 2023, superando o recorde anterior de US$ 3,2 bilhões no primeiro quadrimestre de 2022.

Este desempenho expressivo é atribuído a diversos fatores, incluindo a alta demanda global por café brasileiro e a valorização do produto no mercado internacional. As informações são do Observatório do Café adaptadas pelo portal “Agrolink”.

O economista Haroldo Bonfá, da Pharos Consultoria, ressalta que os dias quentes registrados no Brasil têm favorecido o avanço da colheita do café. No entanto, os dias quentes já trazem preocupações em relação às futuras floradas, ainda que distantes. Bonfá também destaca as exportações, cuja previsão para o fim do ciclo 2023-24 é de 47 milhões de sacas embarcadas.