Os preços do arroz em casca continuam em baixa na maior parte das praças acompanhadas pelo Cepea, com destaque para o Rio Grande do Sul, que vem sofrendo com tal situação desde o final de abril. Segundo os pesquisadores, nos últimos dias, a pressão esteve atrelada à baixa liquidez, diante da retração compradora, e à menor paridade de exportação, que, por sua vez, cede em função da baixa do dólar frente ao Real. Porém, é importante mencionar que os comportamentos regionais têm sido divergentes, indicando dispersão dos valores de compra e venda, que são influenciados pela disponibilidade de produto e/ou pelo interesse de compra.
Enquanto isso, os produtores brasileiros monitoram possíveis compradores, não só para outras possibilidades de negócio, mas também para safras futuras. Segundo dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), a produção de arroz beneficiado do México, por exemplo, deverá totalizar 165 mil toneladas na temporada 2023/2024 (outubro de 2023 a setembro de 2024), avanço sobre a estimativa revisada da temporada 2022/2023, que ficou em 139 mil toneladas.
As importações de arroz para a temporada 2023/2024 estão estimadas em 830 mil toneladas beneficiadas, ante 800 mil toneladas na temporada anterior. Já a demanda interna deve somar 990 mil toneladas beneficiadas, ante 980 mil na safra anterior.
Vlamir Brandalizze faz um balanço das movimentações no mercado do arroz. Segundo ele, os produtores brasileiros aguardam novos negócios para exportação, já que o mercado nacional se encontra em baixa fluidez e preços pouco vantajosos, enquanto o giro maior de negócios segue sendo no varejo.
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