Preços internacionais dos lácteos se mantêm estáveis enquanto contratos futuros desvalorizam

Diante disso, vamos dar sequência à nossa série especial, de realização do Portal “MilkPoint”, que discute o futuro do leite aqui no Brasil. No episódio de hoje, os especialistas Marcelo Carvalho, Paulo do Carmo Martins e Ricardo Cotta Ferreira, discutem os motivos que levaram a uma diminuição da relação consumo/produção dos lácteos no país, e falam sobre a importância do investimento em tecnologia para se ter bons resultados no meio.

Na última terça-feira (20), ocorreu o leilão Global Dairy Trade de número 334, que encerrou novamente apresentando uma variação mista entre os principais produtos ofertados. Em relação ao preço médio do leilão, foi observada uma estabilidade, com a tonelada sendo negociada em média por US$ 3.479. As informações são do portal “MilkPoint”.

Sobre as principais categorias negociadas, após o leite em pó integral ter apresentado queda no evento anterior (-3,0%), desta vez se manteve em estabilidade, sendo negociado na média de US$ 3.172/tonelada.

Já a manteiga continuou apresentando alta consecutiva, renovando o maior patamar de negociação desde agosto/22, em média de US$ 5.379/tonelada, um avanço de 5,5% em relação ao evento anterior.

Ao mesmo tempo, o queijo e o leite em pó desnatado apresentaram desvalorização nos preços praticados. Após um avanço de 7,4% obtido no primeiro leilão do mês, o queijo recuou em 3,3%, chegando ao preço médio de US$ 4.533/tonelada, ao passo que a desvalorização observada no leite em pó desnatado foi de 2,3%, sendo negociado em média por US$ 2.667/tonelada, o menor patamar observado nos último seis eventos. 

Em relação aos contratos futuros do leite em pó integral, novas correções negativas foram observadas nos contratos divulgados pelo GDT e negociados pela Bolsa de Valores da Nova Zelândia (NZX).

Um dos principais pontos relacionados com essas desvalorizações observadas no mercado futuro é a demanda chinesa, sendo a China o maior país consumidor atualmente. A China, assim como diversos outros países, possui como meta política a autossuficiência na produção de alimentos, e nos últimos dois anos, a produção de leite evoluiu de forma mais intensa, mostrando que existem de fato incentivos para tal..

Portanto, neste momento, essa queda nos contratos futuros é um reflexo principalmente da menor demanda chinesa atual, mas é importante esclarecer que isso não significa uma interrupção nas importações do grande asiático.

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