A produção recorde de trigo no Brasil na última safra levou a uma redução de 35% na importação do cereal no primeiro semestre deste ano, comparativamente ao mesmo período de 2022. O documento, preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), mostra que as importações brasileiras alcançaram 2,1 milhões de toneladas, volume inferior aos 3,2 milhões de toneladas do primeiro semestre de 2022.
Os dados nacionais foram extraídos do Agrostat, base de dados online que oferece visão detalhada das exportações e importações agrícolas. A produção brasileira de 10,6 milhões de toneladas de trigo no ano passado possibilitou, ainda, a venda de 2,1 milhões de toneladas para o Exterior. É o terceiro maior volume já exportado pelo Brasil em um primeiro semestre.
O Paraná, que colheu 3,5 milhões de toneladas em 2022, continua atendendo prioritariamente o mercado interno. No primeiro semestre deste ano, enquanto as exportações somaram 178 mil toneladas, as importações foram de 175 mil toneladas, com vistas a atender necessidades específicas dos moinhos.
Vlamir Brandalizze faz um balanço do mercado do trigo. Na visão dele, o momento é benéfico para os produtores brasileiros. Isso porque, com o bloqueio das produções russas e ucranianas, os preços do cereal quase atingiram o teto estipulado e registraram alta de 20%.
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