O Conselho Nacional do Café (CNC) marcou presença nos eventos de lançamento do Plano Safra 2023/2024, realizados pelo Governo Federal nos dias 27 e 28/06. Para o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) o anúncio do Plano abre caminho para a definição por parte do Conselho Monetário Nacional (CMN) da taxa de juros que será aplicada no próximo exercício. O CNC, embora não tenha poder de decisão sobre o assunto, demonstrou em reunião no MAPA, a preocupação com a aplicação destas taxas, visto os preços baixos praticados pelo mercado atualmente. A publicação das taxas deve ocorrer durante a semana.
Após a divulgação da taxa específica para o Funcafé e das assinaturas dos contratos entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e os agentes financeiros, iniciará a liberação dos recursos aos produtores.
O Funcafé (o banco do produtor) oferecerá um montante de R$ 6.375.469.000,00 (seis bilhões, trezentos e setenta e cinco milhões, quatrocentos e sessenta e nove mil reais) no exercício de 2023.
Quanto ao mercado, o movimento de baixa acentuada no mês de junho culminou em um semestre de queda nas cotações do mercado futuro em Nova York. Na quinta-feira (29) o café fechou em baixa de 0,2%, com acúmulo negativo de 8% em junho e quase 3% no primeiro semestre de 2023. O vencimento set/23, o mais líquido, terminou a sessão em 161,60 centavos de dólar por libra-peso, patamar mais baixo em cerca de cinco meses. Na semana a queda foi de 2% (325 pontos).
Na Bolsa de Londres, os contratos futuros de café robusta também apresentaram baixa. O vencimento set/23 apresentou desvalorização de 1,76% (46 dólares), encerrando a 2.570 dólares/t. Apesar disso, o primeiro semestre deste ano deve fechar com valorização 47% (822 dólares) nas cotações do robusta.
Os trabalhos de colheita devem permanecer acelerados, no que depender do tempo. A Climatempo informou que a previsão é tempo firme nas regiões produtoras de café do Brasil.
No mercado físico, os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informaram que as cotações do café arábica e do robusta caíram na última semana de junho. Os valores se situaram em R$ 830,13 por saca e R$ 657,26 por saca, com variação semanal negativa de 2,52% e de 5,01%, respectivamente.
O economista Haroldo Bonfá, analista da Pharos Consultoria, comenta os acontecimentos da última semana de junho no mercado do café. Ele destaca a preocupação dos produtores com o preço do dólar, e que as quedas nas cotações vêm acompanhadas da projeção de grande produção cafeeira na safra que está por vir.
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