Leite mercado do leite

Preço médio do leite cai em julho; Queijo do Cerrado Mineiro tem Indicação Geográfica reconhecida

O preço médio do leite pago ao produtor registrou a segunda queda consecutiva, com o leite captado em junho e pago em julho, chegando a R$ 2,56/litro na “Média Brasil” líquida do Cepea.

Com esse recuo, a média do primeiro semestre de 2023 fechou em R$ 2,705/litro, estando 3,13% acima do verificado no mesmo período do ano anterior

A desvalorização, iniciada em maio, se deve principalmente ao consumo enfraquecido e ao aumento da oferta de leite no mercado interno. Mesmo em época típica de entressafra no Sudeste e no Centro-Oeste, os preços não têm seguido a tendência sazonal, que iniciaram o ano em alta e vêm apresentando baixa nos últimos dois meses. A demanda ainda fragilizada e os valores mais competitivos dos lácteos importados acarretam pressão de baixa nos valores praticados pelos laticínios.

A pesquisa Cepea mostrou que, em junho, o Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira caiu 1,7% na “Média Brasil”, influenciado pela desvalorização do concentrado, dos adubos e corretivos. Com isso, a relação de troca tem estado mais favorável ao produtor, favorecendo a produção mesmo em época atípica para algumas regiões.

 

O INPI publicou, no dia 1º de agosto de 2023, o reconhecimento do Cerrado (MG) como região produtora de queijo de leite de vaca cru integral. O pedido de Indicação Geográfica (IG), na espécie Indicação de Procedência (IP), foi solicitado pela Associação de Produtores de Queijo Minas Artesanal do Cerrado.

A documentação apresentada ao INPI demonstrou que, no passado, portugueses e brasileiros foram para a região do Cerrado mineiro à procura de ouro e pedras preciosas. A farta distribuição de terras propiciou uma corrente migratória para a região, na qual gradualmente a pecuária passou a ser a nova fonte de recursos devido às suas pastagens naturais, que permitiram a formação dos primeiros rebanhos.

Com o passar do tempo e o aumento dos rebanhos, a grande quantidade de leite produzido e não consumido estimulou a produção de queijos artesanais como forma de preservação daquele leite.

Originalmente, o queijo era consumido pelas famílias locais ou comercializado junto aos tropeiros que passavam pela região e distribuíam estes produtos para toda a comarca de Paracatu e províncias de São Paulo e Goiás.

Os queijos do Cerrado são considerados de alta umidade, sendo a prensagem manual com o auxílio de tecido dessorador, uma técnica de produção oriunda da tradição e herança cultural da região. São justamente tais aspectos que os diferenciam, contribuindo para que o Cerrado se tornasse conhecido pela produção de queijos artesanais, o que ficou comprovado por estudos acadêmicos e reportagens em veículos de comunicação.

Dessa forma, a região vem atraindo consumidores de diversas áreas do país em busca de queijos cuja fase de maturação média confere o típico sabor amanteigado e a consistência macia.

 

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