O mercado do feijão preto, desde o mês de maio, vem mantendo um ritmo de valorização constante. A média de preços do mês de agosto deste ano, segundo o IBRAFE, ficou em R$ 255,67. O valor é 24,39% acima do mês de maio deste ano e 31,44% acima do mês de agosto do ano passado. Com uma diferença de preços importante para o feijão carioca, o volume de negócios diminuiu sensivelmente, com o carioca se mantendo como primeira opção do consumidor.
A referência atual de preço continua sendo no Paraná, acima de R$ 250 ao produtor, dependendo da qualidade do feijão. Há, também, indicativos de que a região Sul está plantando agora área superior ao ano passado desta variedade. Se o cenário se concretizar, há a possibilidade de se ter um período entre dezembro e fevereiro com preços bem mais baixos no campo. No entanto, o primeiro quadrimestre de 2024 poderá mais uma vez ter bons preços nos feijões carioca e, em algum grau, a demanda de feijão preto poderá ser maior, a exemplo do que ocorreu em 2023.
Vlamir Brandalizze faz um balanço sobre o mercado do feijão, ainda instável para o carioca. Apesar de ter fôlego para crescimento, o feijão carioca segue com preços pouco atrativos aos produtores. O feijão preto, por sua vez, conta com o avanço do plantio no sul do Brasil. Contudo, algumas lavouras foram atingidas pelas tempestades na região.
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