Agricultura Pragas

Pesquisadores intensificam uso de armadilhas no entorno de lavouras e preveem com precisão ataques de lagartas

Por meio do recurso para a captura de mariposas, os especialistas antecipam diferentes informações e subsidiam a tomada de decisões do produtor na safra

 

Profissionais de pesquisa da AgBiTech, em parceria com outros nomes conhecidos no setor, como o consultor Germison Tomquelski (Desafios Agro-MS), levam adiante um estudo, cujo objetivo é prever ataques de lagartas a cultivos ao longo da safra. Chamado Projeto Antecipa, o sistema de análise, ancorado na instalação de armadilhas para captura de mariposas no entorno de lavouras, permite avaliar, precisamente, o potencial de danos decorrentes da pressão de lagartas nessas áreas.

Conforme a AgBiTech, a iniciativa que começou tímida, em caráter experimental, com seis postos de observação, já conta armadilhas colocadas em pontos estratégicos de 15 municípios dos estados de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, sob supervisão da entomologista Ana Laura Favoretto, da equipe de especialistas da empresa. Oito consultorias independentes também estão envolvidas no ‘Antecipa’.

“Ficou cada vez mais difícil prever o que vai acontecer na lavoura. Há risco de clima, produção, pragas. Tivemos ainda mudanças no cenário de lagartas nos últimos três, quatro anos. Hoje, quanto mais informação anteciparmos sobre a dinâmica de mariposas, seja em pré ou pós-plantio, mais perto do ideal será o manejo do produtor: o direcionamento de recursos, a aplicação de produtos e o controle das lagartas”, resume Victor Hugo Duarte da Costa, doutor em biotecnologia vegetal da AgBiTech.

Conforme o gerente de marketing da AgBiTech, engenheiro agrônomo Gustavo Shiomi, na última atualização, recente, relacionada à captura de mariposas nas áreas cobertas pelo projeto, haviam sido coletados em torno de 3,8 mil indivíduos, sobretudo das espécies Helicoverpa, Spodoptera e Rachiplusia nu. “Temos à mão uma informação segura, com embasamento científico, sobre onde haverá pressão de lagartas relevante nessas regiões, e também quais serão as espécies predominantes”, assinala.

Banco de dados e tomada de decisão

Shiomi ressalta que o acúmulo de informações proveniente das ‘armadilhas’ do ‘Antecipa’ dará origem a um banco de dados permanentemente atualizado, acerca da presença de lagartas e do nível de infestação, por espécie, nas regiões-alvo do estudo. No futuro próximo, ele revela, o projeto será replicado em outras áreas do país.

Para o consultor e pesquisador Germison Tomquelski, da Desafios Agro (MS), “especificamente neste ano de El Niño”, o Projeto Antecipa ajudará o produtor a programar-se com mais eficiência ao manejo de lagartas durante a safra, inclusive a ajustar o monitoramento da lavoura e a planejar eventuais aplicações de produtos. “O agricultor receberá informações de qualidade para tomar decisões estratégicas em suporte à produtividade da soja”, conclui.

Além da Desafios Agro, estão integradas à equipe da AgBiTech no Projeto Antecipa as consultorias Agrotech (MS), Ativa (MS), Conceito (GO), Gapes (GO), IGA (GO), Checkup Rural (GO) e Zenacel (MS).

Desde 2002, a AgBiTech fornece produtos consistentes, de alta tecnologia, que ajudam a tornar a agricultura mais rentável e sustentável. A empresa combina experiência a campo com inovação científica. Trabalha com agricultores, consultores e pesquisadores e desenvolve soluções altamente eficazes para manejo de pragas agrícolas. Controlada pelo fundo de Private Equity Paine Schwartz Partners (PSP), a AgBiTech fabrica toda a sua linha de produtos na mais moderna unidade produtora de baculovírus do mundo, em Dallas (Texas, EUA).  www.agbitech.com.br 


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