Oferta de FEIJÃO limitada pois a safra está praticamente a metade do que deveria
Oferta de feijão está limitada pois a safra está praticamente a metade do que deveria em razão dos problemas climáticos: escassez e excesso de chuvas, segundo Brandalizze. Demanda do feijão está fortalecida pelo Auxílio Brasil. Preço do feijão deve ser reajustado nos próximos meses.
Segundo o Ibrafe, a influência do clima tem surtido grandes efeitos sobre o Feijão no início de 2022. Minas Gerais e Paraná, dois dos maiores estados produtores – principalmente de Feijão-preto e vermelho – estão sofrendo por causa das intempéries.
Em Minas o excesso de chuva nos primeiros dias do ano atrapalhou a colheita de forma significativa. Um levantamento preliminar feito pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) mostra que cerca de 127 mil produtores rurais do estado sofreram algum tipo de dano por causa das chuvas nas últimas semanas. O estudo aponta que a situação foi relatada em 416 municípios do estado (48,7% do total).
Entre os municípios com estimativa de áreas afetadas, a produção de Feijão 1ª safra foi a mais prejudicada, com 42,2% da área a ser colhida. As regiões Norte, Cerrado, Nordeste, Leste e Central foram as mais atingidas.
Segundo informações de agrônomos da região de Minas, a sequência de dias chuvosos atrapalhou a colheita e, consequentemente a qualidade dos primeiros lotes. Eles afirmam que os prestadores de serviço de secagem e beneficiamento estão comunicando fila de trabalho de até 24 horas. Porém, o Feijão colhido precisa entrar para secagem em no máximo 12 horas.
No Paraná a situação é oposta. A grande estiagem pela qual o estado vem passando retardou o plantio e diminuiu consideravelmente as áreas plantadas. Muitos produtores optaram por plantar a soja, abdicando do Feijão para não perder a programação pré-estabelecida.
As colheitas do Paraná para essa safra já estão praticamente encerradas. Entre os produtores que deixaram de plantar e a quebra pela estiagem, a perda gira entre 25 e 30%.
O diretor de compras da Pé Vermelho Alimentos, Antônio Carlos Gonçalves, afirma que é uma quebra considerável e que o mercado deve reagir por si só. “Essa alta pode estimular o plantio da segunda safra, já que o produtor sempre olha o preço do dia”, afirmou.
Sobre os preços para o consumidor final, Gonçalves relata que as prateleiras dos supermercados ainda devem oferecer preços mais baixos durante o mês de janeiro, já que estão vendendo o produto comprado em dezembro. Contudo, haverá reajuste para os próximos meses, reflexo dessas perdas da 1ª safra. “Não é simples repassar essa alta. Grandes atacados e varejo não aceitam uma alta tão brusca, então ela deve ser repassada aos poucos. Vamos ter uma reposição na virada do mês, que vai gerar reflexo nas gôndolas”, finaliza Gonçalves.
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