Fenômeno El Niño deve causar maior período de seca a partir de julho, principalmente nas regiões áridas e semiáridas
Comemorado no mês de junho, o dia da agricultura irrigada é celebrado com a finalidade de incentivar a produção sustentável de alimentos e conscientizar a sociedade sobre a importância da irrigação para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. A irrigação funciona como um seguro contra os períodos de incerteza hídrica, cada vez mais comuns e recorrentes.
As variações climáticas sempre foram motivo de preocupação para a atividade agropecuária, o que acabou favorecendo o desenvolvimento de tecnologias em diversas áreas. Segundo números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mesmo ocupando apenas 7% da área agricultável do Brasil, a agricultura irrigada responde por cerca de 40% do valor gerado pela produção agrícola no País. Os modernos sistemas de irrigação possibilitam o cultivo em regiões com escassez mais acentuada de água, como o semiárido brasileiro, ou em locais com extensos períodos de estiagem, como a região central do Brasil.
A agricultura irrigada ganha ainda maior importância em um período de seca, com início até o mês de julho e término previsto apenas para outubro ou novembro. Neste ano, a Administração Nacional de Atmosfera (NOAA) dos Estados Unidos alerta ainda para as consequências provocadas pelo fenômeno El Niño. Segundo os meteorologistas da agência americana, o evento climático tem 56% de chances de ser considerado forte, elevando a temperatura da terra e impactando, principalmente, regiões semiáridas com o prolongamento das secas no segundo semestre.
A principal vantagem da agricultura irrigada, explica o especialista em captação de crédito rural para empresas, João Fossaluza, vice-presidente da Atto Agro, é a redução da dependência das chuvas. “Em regiões onde as chuvas são escassas e irregulares, a irrigação pode garantir a produção agrícola mesmo em períodos de estiagem. Isso é especialmente importante para as populações locais e para a economia das regiões“, afirma.
O investimento no setor, acrescenta Fossaluza, contribui para a segurança alimentar e ambiental, além de ser uma alternativa viável para o desenvolvimento sustentável. Um dos benefícios proporcionados pela agricultura irrigada é o aumento da produtividade. Com a irrigação, as plantas recebem água e nutrientes de forma mais regular e em quantidades adequadas, contribuindo para o crescimento e desenvolvimento delas. Além disso, a irrigação permite o cultivo de plantas que não seriam viáveis em regiões secas, como frutas e hortaliças.
“Na Atto Agro, nós orientamos o produtor detalhadamente sobre o projeto técnico, de viabilidade e de engenharia. O nosso foco é maximizar a rentabilidade de nossos clientes, gerando economia (redução de custos) e alavancagem de receitas, com a aquisição e a implantação de sistemas de irrigação, bem como o investimento necessário para a correção do solo para otimizar o processo produtivo“, explica o vice-presidente da Atto EXP Empresarial. A Atto Agro é especialista em fomentar e realizar operações estruturadas para o agronegócio, oferecendo condições favoráveis para produtores rurais, empresas e cooperativas.
A agricultura irrigada pode ser realizada de diversas formas. Cada método tem suas vantagens e desvantagens e a escolha depende das condições locais. A irrigação por pivô central é a mais utilizada no Brasil hoje, presente em mais de 55% das áreas de agricultura irrigada no país, conforme números da Câmara Setorial de Equipamentos de Irrigação (CSEI) da Associação Brasileira de Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
Com a instabilidade climática, a produção de alimentos em agricultura de sequeiro, aquela que depende apenas da água da chuva, é cada vez mais incerta e arriscada. Nesse contexto, a irrigação torna-se uma solução estratégica para trazer sustentabilidade e estabilidade na produção de alimentos.
“Em resumo, o sistema de irrigação utiliza a água com maior eficiência e produtividade, contribuindo para a redução do impacto ambiental ao utilizar água de reuso ou de chuvas“, finaliza Fossaluza.
FONTE: Boost Imprensa
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