No Brasil, os preços do milho estão enfrentando uma pressão de queda, impulsionados pela valorização do Real e pela intensificação da colheita da safrinha. De acordo com a Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), essa dinâmica tem influenciado diretamente os mercados internos e externos do cereal.
A colheita da safrinha no Centro-Sul brasileiro também está avançada, atingindo 63% da área plantada até o dia 4 de julho, comparado a 26% no mesmo período do ano anterior, segundo a AgRural. A Conab indica uma colheita de 61,1% na mesma região. Já a comercialização da segunda safra de milho no Centro-Sul alcançou 34% do total previsto para este início de semana, com uma produção estimada em 83,6 milhões de toneladas, contra 99 milhões de toneladas do ano anterior.
A média diária de exportações na primeira semana de junho foi 77,8% inferior à média diária de julho do ano passado, refletindo a menor competitividade do milho brasileiro no mercado mundial. No entanto, a Anec espera um total exportado de 4,09 milhões de toneladas em julho, após revisões. As informações são do portal “Agrolink”
O agente autônomo de investimentos João Santaella Neto, Joãozinho Grafista, destaca que as primeiras semanas de julho foram de fatores baixistas para o mercado do milho. O avanço da safrinha e as boas perspectivas para as lavouras dos Estados Unidos contribuíram para esse cenário. No entanto, na Bolsa Brasileira, a B3, as cotações atingiram os custos de produção, fazendo com que os produtores retirassem mercadoria para a venda. Quando isso acontece, segundo o analista, a tendência é de uma reversão de cenário e, consequentemente, uma melhora nos preços pagos deve ser registrada nos próximos dias.
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