MILHO americano tem leve melhora. No Brasil, mercado calmo, com poucos negócios
Confira os comentários do consultor Vlamir Brandalizze
O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura do milho de segunda safra passou por incrementos que já irão valer para o próximo plantio. Uma primeira novidade é que, agora, a influência da variável temperatura no desenvolvimento fenológico da planta passa a ser considerada. “A duração média dos ciclos de desenvolvimento está ajustada às variações de temperatura de cada região”, explica o geógrafo da Embrapa, Balbino Evangelista, que é um dos responsáveis técnicos pelo ZARC da cultura do milho.
As portarias do Zarc do milho de 2ª safra foram publicadas no Diário Oficial da União desta segunda-feira (21).
A revisão dos estudos de Zarc para o cultivo do milho de 2ª safra fez parte de uma ação prioritária conduzida pelo Mapa junto a Embrapa. “Por se tratar de um cultivo realizado normalmente em um período de transição climática nas diversas regiões onde o cultivo é realizado, os riscos de seca e geada são agravados, por isso o gerenciamento do risco deve ser redobrado e o plantio realizado dentro da janela do zoneamento”, ressalta Pedro Loyola, diretor de Gestão de Risco do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Outra mudança do zoneamento foi com relação ao risco de geada. Se, antes, esse risco era considerado apenas na fase reprodutiva (que envolve o florescimento e o enchimento de grãos), agora passa a ser estimado durante todo o período sensível do ciclo do milho de segunda safra. Em outras palavras, aumentou o período de atenção a essa variável, que interfere bastante no desenvolvimento da cultura em algumas regiões do país.
O novo Zarc para o milho de segunda safra incorporou o risco de ocorrência de excesso de chuva durante um período essencial no campo: a colheita. A expectativa é de que essa novidade colabore significativamente para o aperfeiçoamento do zoneamento da cultura, sobretudo aquele voltado às lavouras da Região Norte. Uma outra novidade, que também já estará valendo na próxima safra, é o aperfeiçoamento do indicador que mede a satisfação da necessidade de água nos momentos de germinação e de desenvolvimento inicial da lavoura, o que vai reduzir o risco de ocorrência de seca na hora do plantio.
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