A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) avaliou que os leilões de incentivo ao escoamento do trigo da safra 2023/2024 atendem ao pleito do setor produtivo, que se encontra em um cenário de queda de preços pagos ao produtor rural pelo cereal.
Os leilões anunciados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vão acontecer na próxima terça (31) e valem para produtores ou cooperativas dos estados da Bahia, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina. Na avaliação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a medida é uma forma de garantir a renda ao produtor em um momento em que os preços pagos pelo cereal estão baixos, enquanto os custos de produção tiveram pequena redução, depreciando a margem de lucro do produtor.
De acordo com edital publicado pela Conab, na última terça (24), serão ofertadas 154,8 mil toneladas de trigo por meio do Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) e a mesma quantidade por meio do Prêmio para Escoamento de Produto (PEP).
Desse total, 70 mil toneladas serão do Rio Grande do Sul, 60 mil toneladas do Paraná, 7 mil de Minas Gerais, 6,2 mil de Santa Catarina, 5 mil de São Paulo, 4,1 mil de Goiás e do Distrito Federal, 1,8 mil do Mato Grosso do Sul e 750 toneladas da Bahia, em cada uma das modalidades.
O preço mínimo do trigo pão para safra 2023/2024 será de R$ 1,4628/kg para os estados que compõem a região Sul, R$ 1,5075/kg para a região Sudeste e R$ 1,5826/kg para a região Centro-Oeste e o estado da Bahia.
Vlamir Brandalizze comenta sobre o mercado do trigo, que apresentou fragilidade durante a quarta semana de outubro. Contudo, há margem para recuperação. Com a chegada do inverno no Hemisfério Norte, assim como acontece com o milho, a demanda deve aumentar. Isso irá gerar maior fluxo de exportações e de mercado, contribuindo para uma recuperação do setor, principalmente no Brasil.
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