Mercado do Milho – Como foi 2020? Quais as perspectivas para 2021?
– Consultor Vlamir Brandalizze diz que 2020 foi favorável ao milho, com produção mundial menor que o consumo, favorecendo o produtor a nível internacional
– Consultor Fernando Barbosa faz balanço do milho no Noroeste de Minas que bateu recorde em 2020, e faz projeções para 2021
– Dólar e estoques mundiais baixos devem sustentar as cotações no próximo ano
O ano de 2020 foi diferenciado para o milho brasileiro. De acordo com o Canal Rural, o preço do cereal começou cotado a R$ 51 por saca, chegou a se valorizar mais de 57% até novembro de 2020 e fechou o ano cotado a R$ 74.
De acordo com levantamento da consultoria Agrifatto, a união do dólar em uma forte escalada e uma demanda firme, tanto internamente quanto externamente, levaram o produto brasileiro a patamares históricos de preço.
“Toda esta evolução nas cotações foi atingida sem maiores problemas sendo observados na produção brasileira de milho, que ultrapassou novamente as 100 milhões de toneladas”, disse a consultoria.
A valorização do cereal em grande intensidade não foi algo disseminado em todo o mundo. Nos Estados Unidos, o milho chegou a recuar 16% no mês de maio de 2020 frente as cotações do início do ano. Ainda assim, o cenário se alterou e atualmente a cotação do milho nos EUA é 10% maior que em janeiro de 2020.
Como o cereal norte-americano é muito dependente do etanol de milho, a diminuição da circulação das pessoas nos país, devido ao coronavírus, dificultou a evolução do cereal norte-americano. O consultor de agronegócios, Vlamir Brandalizze, faz o balanço do mercado do milho em 2020, levando em consideração o impacto da pandemia no setor. Segundo ele, o ano foi favorável ao milho, com produção mundial menor que o consumo, favorecendo o produtor a nível internacional. Para 2021, previsão é de maior avanço para a produção.
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