Leite

MERCADO DO LEITE: Brasil Importa mais LÁCTEOS em março de 2023.

MERCADO DO LEITE: Brasil Importa mais LÁCTEOS em março de 2023

Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o mês de março encerrou com um novo recuo no saldo da balança comercial de lácteos.

Com uma queda de cerca de 53,1 milhões de litros, o último mês obteve um saldo de -198,1 milhões de litros em equivalente-leite. Quando comparado com o resultado obtido em março de 2022, o recuo observado é ainda mais acentuado, visto que no mesmo período no ano passado o saldo obtido ficou em -51,5 milhões de litros.

As exportações inverteram o movimento de fevereiro/23 encerraram março/23 com uma queda de aproximadamente 22%, obtendo um total de 5,1 milhões de litros exportados em equivalente-leite. Na variação anual a queda observada foi um pouco superior, ficando em -32,8% em relação aos 7,6 milhões de litros em equivalente-leite que foram exportados em março 2022. Com isso, o resultado de mar/23 foi o menor para as exportações de 2023, até o momento.

Já para as importações, o volume total passou por um avanço de 34,1%, encerrando o mês com 203,2 milhões de litros em equivalente-leite sendo importados para o Brasil. Quando comparado com o resultado obtido em março de 2022 houve um avanço de 243% no volume importado no mês.

Assim como em fevereiro, os preços internacionais se mantendo em patamares baixos, o aumento dos preços dos derivados no mercado interno (no final de 2022 e início de 2023) e a elevação do preço do leite matéria-prima nos últimos meses contribuíram para formar esse cenário de elevação das importações.

Dentre os produtos importados, o destaque obtido foi para o leite em pó integral, leite em pó desnatado, queijos e soro de leite, que somaram cerca de 93% de todo o volume importado no mês. Referente a essas categorias, todas obtiveram uma variação mensal positiva, com os queijos obtendo o maior avanço percentual observado, em 44%, seguido do leite em pó integral (+35%), leite em pó desnatado (+20%) e soro de leite (+5,4%).

Enquanto em relação às exportações, a maior participação, de 86%, seguiu sendo composta pelo leite condensado, leite UHTcreme de leite e queijos. De um lado, o leite condensado e os queijos passaram por um recuo em seu volume total exportado, de 25% e 50%, respectivamente, ao passo que o leite UHT obteve uma variação mensal positiva de 67% e o creme de leite de 25%.

O que podemos esperar para o próximo mês?

Segundo matéria da MilkPoint Mercado apesar do período da entressafra do leite no Brasil estar se acentuando, a expectativa para o próximo mês é de que as importações passem por recuo em relação ao resultado obtido em março.

Outro ponto de atenção em relação às importações e sua expectativa de queda é referente a diminuição na produção de leite na Argentina e no Uruguai, os principais fornecedores brasileiros, que enfrentam dificuldades para produção de leite diante das secas causadas pelo La Nina.

Entretanto, levando em consideração o câmbio e os preços internacionais, os preços do produto importado ainda segues competitivos frente aos nacionaiso que tende a manter as importações em patamares elevados.

Para exportações, com preços internacionais ainda em baixos patamares e a entressafra do leite no Brasil se iniciando, não se projeta uma janela exportadora para os lácteos brasileiros no curto prazo. Assim sendo, nos próximos meses deveremos observar menor volatilidade nos resultados de importações, exportações e saldo final da balança comercial.

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