Mercado do feijão se acomoda e preços podem cair com avanço da colheita no Paraná

Diante do desafio de realizar a colheita do feijão durante a época chuvosa, os produtores de Minas Gerais e Goiás têm enfrentado dificuldades para obter um produto sem manchas e com excelente aparência. Esse cenário tem levado os produtores a buscar a venda o mais rápido possível, exercendo pressão sobre as cotações, que acabam caindo, segundo o IBRAFE. .

Em grande parte, o Feijão com nota 8,5/9 é aquele que foi armazenado em câmara fria, proveniente da terceira safra. Além disso, há o agravante de que parte da colheita programada para janeiro sofreu atrasos, concentrando-se agora na última semana deste mês e nas duas semanas subsequentes.

Os empacotadores relatam que o varejo utiliza o argumento da queda na qualidade no campo, sem levar em consideração que a qualidade do produto atual é inferior ao padrão normal. Dessa forma, independentemente de ser nota 8 ou 9, eles pressionam por preços mais baixos para repor o produto necessário.

Vlamir Brandalizze ressalta a acomodação no mercado de feijão no Brasil. Há compras pontuais sendo realizadas e as cotações podem cair por conta da entrada de mercadoria advinda da colheita do grão no Paraná. As indústrias, por sua vez, encontram dificuldade de repassar mercadoria ao varejo com correção nos preços. Os varejistas temem que as vendas nas gôndolas sejam prejudicadas com altas sucessivas.