O mercado de feijão está enfrentando um cenário desafiador, passando por mudanças significativas. De acordo com o portal Safras & Mercado, nas últimas semanas, os compradores têm demonstrado uma redução firme, resultando em negociações escassas.
Enquanto o feijão carioca extra (9,5) mantém-se estável, os outros padrões de feijão têm registrado quedas semanais. A falta de produtos extras disponíveis no mercado contribui para a lentidão observada, segundo informações levantadas pelo “Canal Rural”.
Além disso, as cotações das variedades mais fracas estão sendo pressionadas pelo avanço dos trabalhos de colheita e pelo aumento da oferta. Por outro lado, os compradores de feijão preto têm se deparado com a escassez de grãos de qualidade inferior e mais acessíveis, indicando um possível impacto nas cotações e uma redução nos estoques. No momento, o preço médio da saca de feijão preto extra atingiu R$ 290, sendo este o único padrão disponível. A variedade enfrentará um déficit de oferta no segundo semestre de 2023, o que levou as cotações a ultrapassarem o valor do feijão carioca pela primeira vez desde meados de fevereiro do ano anterior.
Essa tendência pode levar parte dos consumidores a migrarem do feijão preto para o feijão carioca devido às questões de preço, uma vez que muitos consumidores de feijão são sensíveis ao preço.
Quanto à oferta e demanda, estima-se que a produção brasileira de feijão totalize aproximadamente 2,82 milhões de toneladas na temporada 2022/23.
A primeira safra está projetada em cerca de 877 mil toneladas, enquanto a segunda safra deve alcançar aproximadamente 1,27 milhão de toneladas. Já a terceira safra é estimada em cerca de 673,1 mil toneladas.
Marcelo Eduardo Lüders, presidente do IBRAFE, comenta os fatos que impactaram o mercado do feijão durante a última semana de junho. Ele destaca o anúncio do Plano Safra e a necessidade dos produtores se manterem bem-informados diante do momento de oscilação pelo qual as cotações passam.
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