Café cafeicutura

Mercado do café “refém” das chuvas em setembro; precipitações devem chegar na segunda quinzena

O mercado físico brasileiro de café apresenta comportamentos diferentes neste início de setembro para o arábica e conilon. Enquanto o café arábica dá sinais de acomodação do movimento de alta, o conilon mantém o tom firme. Segundo o analista Gil Barabach, no caso do arábica, as perdas na bolsa de Nova York são compensadas pela alta do dólar, fazendo o mercado andar de lado. Já os diferenciais levemente mais fracos no FOB porto podem pesar do lado negativo. A bebida boa do Sul de Minas inicia setembro cotada a R$ 1.430,00 a saca de 60 kg, o que corresponde a 253 dólares a saca. “Apesar da queda em comparação à semana passada, ainda é um patamar bem acima do mesmo período do ano passado, quando trocava de mãos em valores a R$ 846,00 a saca. O preço praticado no mercado atualmente também está bem acima da média dos últimos 5 anos (R$ 933 a saca), o que reforça o momento favorável ao vendedor”, salienta o consultor. 

Ele observa que o preço do café no mercado internacional já vem acumulando ganhos expressivos desde abril, quando a falta de chuva comprometeu as floradas e o potencial da próxima safra de robusta do Vietnã. As informações são do portal “Safras e Mercado”.

O agente autônomo de investimentos João Santaella Neto, Joãozinho Grafista, analisa os preços do café em Nova York e no mercado brasileiro. Ele pontua que o fator climático segue sendo o principal fundamento para a determinação das cotações.

Os incêndios registrados em cafezais da praça de Mogiana Paulista não causaram prejuízo significativo, apenas perdas pontuais, conforme relatos de agentes consultados pelo Cepea. O maior problema continua sendo a falta de umidade, o que tem preocupado produtores quanto à oferta para a próxima safra. O clima adverso vem se arrastando desde os efeitos do El Niño, no segundo semestre do ano passado, afetando a produção nacional de café, que está abaixo do esperado. Nesse cenário, cafeicultores aguardam um retorno de chuvas mais frequentes em setembro em volumes suficientes para mitigar os efeitos do estresse hídrico em que as plantas atualmente se encontram.

Joãozinho Grafista faz um balanço das projeções envolvendo as previsões de chuvas nas regiões produtoras de café do Brasil. A tendência é que as precipitações aconteçam a partir da segunda quinzena de setembro. 

 

Se preferir ouça em nosso PodCast no SoundcloudSpotifyTuneinDeezeriTunes, dentre vários outros. Basta pesquisar por Paracatu Rural.

A reprodução completa ou parcial do conteúdo é permitida mediante citação da fonte: “ParacatuRural.com”.

Participe de nossos grupos ZapRural » https://chat.whatsapp.com/FKjxdFUdye5DUa89i6GBgr (sem bate-papo / somente adm publica as notícias)

  • Leia as regras na descrição

Descubra mais sobre Paracatu Rural

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

Deixe uma resposta