A carne bovina registrou acomodação no fim de junho, mas pegando ritmo, principalmente se comparado com outros momentos do ano. O frango brasileiro segue como o mais comprado a nível mundial. Além dos 2 milhões de toneladas embarcadas no acumulado, a estimativa é de alcançar os 5 milhões ao final do segundo semestre. Já a carne suína fechou junho com 14 mil toneladas vendidas ao exterior a mais que no mesmo período de 2022, também evidenciando o bom momento vivido pelas proteínas nacionais
A partir de uma iniciativa da GENEX do Brasil e da USLGE (U. S. Livestock Genetics Export, Inc. – Empresa de Exportação de Genética Bovina dos EUA), representantes da Associação Brasileira de Angus e da Embrapa Pecuária Sul, entre outras organizações, participaram do Beef Tour 2023, nos Estados Unidos. O objetivo da missão técnica foi a troca de experiências e prospecção de parcerias com a Associação Americana de Angus, assim como conhecer alguns dos principais criatórios das raças Angus, Brangus e Ultrablack norte-americanos.
O roteiro contou com a visita a diversos locais que trabalham com a produção de reprodutores de alto padrão genético. O grupo foi até ao Linz Heritage Angus, em Oklahoma, onde foi possível conhecer o conceito “Da Fazenda ao Prato”. Em seguida, no Express Ranches, foi possível presenciar a estrutura do maior criador de gado registrado nos EUA.
Em um dos dias, a visita ocorreu na Associação Americana de Angus, uma entidade com mais de 22 mil associados, e que registra cerca de 300 mil animais/ano.
“Ficamos bastante impressionados com o avanço do melhoramento genético americano e como a seleção dentro dos critatórios avança. E ainda mais animados com as novidades que conseguimos ver por lá, no que diz respeito aos novos manejos, as novas linhagens de animais, os diferentes tipos de criação dentro do mesmo sistema de produção. Conhecemos confinamentos que trabalham com 95% de seus animais com a raça Angus, afinal nos Estados Unidos a Angus é a principal raça”, avalia o diretor técnico da Associação Brasileira de Angus, Rogério Rotta Assis.
O diretor técnico também pondera que um dos pontos altos da viagem foi a visita a Associação Americana de Angus. “Hoje a associação americana é uma das maiores entidades de raça do mundo, e vimos a palestra do geneticista brasileiro, André Garcia, da Angus Genetic Inc., detalhando o Programa de Avaliação Genética da Associação Americana de Angus. Números impressionantes das avaliações genéticas que eles possuem, e como eles estão focados no melhoramento de seus rebanhos. Trazemos na bagagem um enriquecimento gigantesco, e como fazer a seleção genética no nosso contexto. Temos grandes desafios a serem alcançados e um caminho bastante grande para trilharmos, mas vemos que estamos no caminho certo, e que continuando o trabalho que já é feito pelo nosso corpo técnico conseguiremos chegar ao patamar da associação americana”.
Já conforme Fernando Cardoso, chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, presente na missão, a ideia da expedição foi de ampliar as ações de pesquisa e parcerias com instituições referência. “Vimos todo o sistema de coleta de dados, de acasalamento, de seleção para a produção de genética daqui dos Estados Unidos, assim como o sistema de produção nesses rebanhos […]. Isso nos traz referências e alternativas muito boas para pensarmos e aprimorarmos, a partir da pesquisa, os nossos sistemas de produção e estratégias de melhoramento genético”, finaliza.
Quanto ao mercado das carnes no Brasil, Vlamir Brandalizze comenta as movimentações intensas na exportação.
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