Mercado da SOJA tem boa expectativa para 2022, com cotações ainda mais aquecidas
O consultor de agronegócios, Vlamir Brandalizze, comenta como foi o mercado da soja em 2021, e quanto as projeção para 2022, que tem boa expectativa e deve ter cotações ainda mais aquecidas, já que parte da safra da América do Sul está sofrendo com a seca e perdendo muitas toneladas do grão.
De acordo com o CEPEA, embora a semeadura da safra 2020/21 de soja tenha sido tardia no Brasil, devido ao atraso das chuvas, posteriormente, o clima favoreceu as lavouras, resultando em produção recorde pela segunda temporada consecutiva. Mesmo assim, na média de 2021, os preços domésticos registraram patamares também recordes, em termos reais (IGP-DI de nov/21). A temporada 2020/21 se iniciou com o menor estoque de passagem dos últimos sete anos, segundo o USDA. Além disso, conforme pesquisas do Cepea, mais da metade da produção de 2021 havia sido comercializada antecipadamente, o que deixou sojicultores resistentes em realizar novas vendas no spot nacional. E a restrição para novas vendas se somou ao maior interesse comprador, elevando os preços. No meio do ano, especificamente, os valores se enfraqueceram pontualmente, voltando a subir no início do segundo semestre, quando as indústrias brasileiras começaram a sinalizar necessidade de repor os estoques do grão, acirrando a disputa com os consumidores internacionais.
No agregado do ano (até o dia 22 de dezembro), as médias dos Indicadores da soja ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá e CEPEA/ESALQ – Paraná foram de R$ 175,67/sc e de R$ 171,07/sc, respectivas altas de 14,8% e de 13,75% sobre as de 2020, em termos reais.
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