A valorização do dólar frente ao Real, a firme demanda externa e as estimativas da Conab, que indicam redução dos estoques nacionais na temporada 2022/23, impulsionaram os preços da soja no Brasil na semana passada. A piora das condições das lavouras de soja nos Estados Unidos também deram suporte aos valores domésticos. Segundo pesquisadores do Cepea, a tendência agora é de que sojicultores nacionais se voltem às atividades de campo da safra 2023/24. Isso resulta na diminuição no volume de comercialização do remanescente da safra. Assim, as condições climáticas na América do Sul passam a ficar no radar dos produtores agrícolas.
Vlamir Brandalizze comenta o agitado mercado da soja após a divulgação do último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Os dados divulgados confirmam a safra ruim para o grão no país. Contudo, são estimadas 112 milhões de toneladas produzidas, diferentemente das 110 milhões esperadas pelo mercado. Com isso, a resposta em Chicago foi negativa, ainda que os patamares produtivos sejam considerados baixos. A tendência é que o mês de setembro seja de baixa nas cotações para a soja. Isso porque a colheita dos Estados Unidos deve avançar nos próximos dias, bem como o plantio no Brasil. Esses fatores indicam maior disponibilidade à nível mundial, potencializando a oferta e diminuindo os valores pagos ao produtor.
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