Setor atingiu 9,94 milhões de participantes ativos, um crescimento de 10,8%
O consórcio segue se destacando em 2023 e apresentou em agosto crescimento em seus indicadores, com destaque para os participantes ativos que atingiu 9,94 milhões, alta de 10,8% em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac).
De janeiro de 2022 a agosto deste ano, a modalidade completou vinte meses de avanços nos volumes de consorciados ativos. O segmento de veículos pesados voltados ao agronegócio é o destaque com alta de 32,7%, seguido dos imóveis (19,1%), eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis (13,3%), motocicletas (9,6%), veículos leves (6%) e serviços (1,9%). As vendas apontaram o segundo melhor total mensal dos últimos dez anos, com 387,99 mil novas cotas, proporcionando o acumulado de 2,79 milhões, crescimento de 8,6%.
Para Fernando Lamounier, diretor de novos negócios da Multimarcas Consórcios: “É possível atribuir a elevação dos índices ao incentivo ao estudo do consumidor brasileiro sobre educação financeira, aliado a melhoria da gestão das finanças pessoais, somada à redução da taxa de desemprego e o melhor aproveitamento do salário”.
Para o agronegócio, apesar de três anos obtendo resultados acima das médias históricas, os especialistas preveem crise para as safras de 2024 e 2025, visto que atualmente foi registrada a volta do fenômeno do El Ninõ, tendências protecionistas de alguns países, déficit entre custo de produção e de venda, entre outros fatores.
Contudo, economistas alertam que deixar de investir não é a resposta adequada à crise do setor, já que, quando o cenário se acalmar, os problemas poderão se agravar comprometendo os resultados. A alternativa mais indicada consiste na aquisição do Sistema de Consórcios.
“Diante a situação atual que enfrenta o agronegócio, as características do consórcio se ajustam às peculiaridades do setor, ao passo que a modalidade financeira alcançou posição de credibilidade, ano após ano, levando o público consumidor que, ao planejar suas compras, o escolhe como alternativa econômica para concretizar seus objetivos”, destaca o especialista.
Neste ano, os consórcios de veículos pesados, que reúnem caminhões, tratores, implementos rodoviários e agrícolas, anotaram bons desempenhos em cinco indicadores: participantes ativos, vendas de cotas, negócios realizados, contemplações e créditos concedidos. O agronegócio representa um terço do total geral do segmento e obteve resultados positivos, contando com expectativa de boa safra de grãos, apesar dos prejuízos gerados pelas oscilações climáticas.
O Brasil se posiciona de modo firme e fundamental no cenário agrícola mundial independente dos abalos atuais. A base do agronegócio local é sustentada também pelo potente mercado da exportação de grãos, como soja, milho e café. “Compreendendo nosso país como a potência que é para a exportação de grãos, percebe-se que os consórcios continuarão desempenhando grande parceria e contribuição inquestionável com o agronegócio”, finaliza Lamounier.
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