Agricultura e Sustentabilidade

Integração entre pecuária e agricultura faz do Vale do Araguaia a nova fronteira do agro no País

Grandes empresas do setor, como a Pivot Máquinas Agrícolas e Sistema de Irrigação, buscam ampliar presença na região que tem se destacando na produção de grãos

Abrangendo municípios nos estados de Mato Grosso, Goiás, Tocantins e Pará, o Vale do Araguaia é considerado uma das principais áreas de expansão da produção de grãos no País. O desenvolvimento agrícola da região tem se dado principalmente graças à integração entre pecuária e agricultura, liberando grandes áreas ocupadas com pastagens para produção de grãos e outros tipos de culturas.

No lado de Goiás, o Vale do Araguaia compõe um cinturão com grande produção de grãos, em especial a soja, feijão, milho e arroz. Para se ter uma ideia, a região responde por 8% da soja produzida no País. A área que compreende 11 municípios goianos – Araguapaz, Aruanã, Britânia, Crixás, Faina, Matrinchã, Mozarlândia, Mundo Novo, Nova Crixás, São Miguel do Araguaia e Uirapuru – também responde pela maior parte da produção de feijão em Goiás, que é o quarto maior produtor do Brasil. Segundo dados da Associação dos Produtores do Vale do Araguaia, a região soma 20 mil hectares irrigados de feijão carioca, com uma produção média de 50 sacas por hectare.

“O Vale do Araguaia tem despontado como uma grande produtora de soja em Goiás. Para se ter uma ideia, a região ganhou, só nos últimos três anos, 70 mil hectares de áreas para o cultivo de soja”, afirma o empresário Cauê Campos, CEO da Pivot Máquinas Agrícolas e Sistema de Irrigação, que até o final de junho deste ano, irá inaugura uma nova loja na cidade de Nova Crixás. Para apresentar aos produtores da região as inúmeras soluções em maquinário, irrigação e implementos que oferece, a Pivot também participou da 6ª Exposição agropecuária de Nova Crixás, realizada entre os dias 2 e 5 de junho. “Esse foi um evento agropecuário que tem um importância estratégica para nós, especialmente porque foi uma forma de anunciarmos e apresentarmos nossa nova loja”, pontua João Paulo Barbosa de Souza, gerente da futura loja.

Primeira
A nova loja será a primeira da região especializada em máquinas agrícolas. “Estamos apostando muito nessa região do Vale do Araguaia, que está decolando no agronegócio goiano. Com essa nova loja iremos ampliar muito nossa atuação na região, levando para a portas dos produtores, não só uma marca consolidada, com mais de 30 anos de mercado, mas também o que há de mais moderno em máquinas e equipamentos agrícolas e sistemas de irrigação”, destaca Cauê.

Cauê lembra que o Vale do Araguaia vem se destacando na agricultura, apesar de sua escassez de chuvas ao longo do ano, isso porque a região é hoje um importante polo de irrigação agrícola, o quarto maior do estado. “Além da grande disponibilidade de terras,  outro fator decisivo para que a região se destaque no agronegócio brasileiro é seu enorme potencial hídrico, tanto de águas superficiais, quanto de águas subterrâneas. Com irrigação é possível transformar uma área de pastagem degradada e produzir três vezes mais que em área não irrigada”, explica.

Atividades integradas
O Vale do Araguaia conta hoje com um grande número de produtores que migraram da pecuária para a agricultura ou que estão integrando as duas atividades. Esse é o caso, por exemplo, do agropecuarista André Tomé, que atua há mais de 35 anos como produtor rural. “Tínhamos uma fazenda perto da cidade de Aruanã, em Goiás, e outra em Cocalinho, Mato Grosso, onde trabalhávamos apenas com pecuária. Há quatro anos vendemos a propriedade em Cocalinho, mantendo somente a de Aruanã, onde há dois anos iniciamos as atividades de agricultura com lavoura de soja, mantendo também a criação de gado. Há cerca de um ano adquirimos outra propriedade na região de São Miguel do Araguaia, onde já estamos plantando soja, e até ano que vem devemos iniciar com lavouras de feijão”, relata o produtor.

Segundo André, uma das grandes potencialidades do Vale do Araguaia como uma nova fronteira agrícola, é o grande número de grandes glebas, ou seja, áreas muito grandes que podem ser usadas para agricultura. “É uma região com muitas terras grandes, a maioria ainda com predominância da pecuária, mas são áreas de grande extensão territorial e todas juntas. Você tem, por exemplo, propriedades com 1 mil, 2 mil e até 5 mil hectares onde o produtor de grãos pode facilmente concentrar sua operação”, afirma.

Fonte: COMUNICAÇÃO SEM FRONTEIRAS


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