14-12 IMPORTACAO LEITE
Leite

Importações de LEITE sobem 117% no acumulado dos últimos 12 meses

Importações de LEITE sobem 117% no acumulado dos últimos 12 meses

O principal motivo é a falta do produto aqui no Brasil, já que a demanda aumentou no período de isolamento social na pandemia.

De acordo com o boletim do Centro de Inteligência do Leite, produzido pela Embrapa Gado de Leite, o acumulado dos últimos 12 meses, de novembro de 2019 a novembro de 2020, as importações de leite subiram 117% no Brasil.

Segundo o Canal Rural, para analistas de mercado, o principal motivo é a falta do produto aqui no Brasil, já que a demanda aumentou no período de isolamento social na pandemia. “A Covid-19  contribuiu como fator decisivo no aumento dos consumos dos produtos lácteos como todo. A injeção do auxílio emergencial também ajudou com os que não tinham acesso começassem a comprar para seus lares”, disse o presidente da Conseleite do Rio Grande do Sul, Rodrigo Ramos Rizzo.

Segundo ele, o Brasil se consolidou em 2020 como grande importador e também exportador de produtos da cadeia do leite. “A Farsul nos disse que o Brasil exportou para 202 países, ou seja, somos exportadores e importadores. Por uma questão de logística, importamos basicamente do Uruguai e Argentina, até mesmo esses países têm isenção tarifária para exportar ao Brasil”, sinalizou.

No balanço do ano, Rizzo lembra que o pecuarista teve grandes desafios e é assim que começa o ano de 2021. “Enfrentamos secas prolongadas e a pandemia. Deus queira que tenhamos chuvas regulares, porque a safra de milho no Rio Grande do Sul teve uma perda de 59% na primeira safra e isso gera um impacto muito grande no produtor de leite, pois gera aumento de custos para o produtor e para a indústria”. Segundo ele, o ano começará com o sinal de alerta ligado. “Temos informações de que produtores estão descartando animais que talvez não precisassem ser descartados. Algumas vacas estão sendo inseminadas com sêmen de pecuária de corte, pois se mostrou mais rentável. Essa é a nossa realidade de momento”, concluiu. Para 2021, o pesquisador da Embrapa, Glauco Carvalho, acredita numa recuperação do cenário macroeconômico, ainda que modesta. “Ainda há muitas incertezas sobre fatores que podem gerar grande impacto no mercado lácteo, como o fim do auxílio emergencial e a duração da pandemia, que influenciam a velocidade de retomada da economia”. De todo modo, reforça o pesquisador, “existe uma previsão de forte crescimento da Ásia e a economia mundial está se recuperando, o que é bom para nossas exportações em geral.

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