Leite mercado do leite

Importação excessiva de leite, calor fora do normal e falta das chuvas estão tirando sono dos pecuaristas do Brasil

Tanto os pecuaristas, de corte e leite, estão tendo seus animais sofrendo com o calor excessivo e falta de chuvas, que prejudica a produção, quanto os agricultores que não têm as chuvas para o desenvolvimento vegetativo de suas lavouras, e nem aqueles que têm pivô, conseguem qualidade pois o calor excessivo faz a evaporação da água ser maior. Todos estão perdendo produtividade.

Quanto aos produtores de leite, esses fatores baixam produtividade, pioram a qualidade, e ainda seus animais ficam mais sujeitos às doenças.

Ainda devemos lembrar que em 2023 os produtores brasileiros estão sofrendo grandes prejuízos também quanto ao mercado desregulado, pois o volume de leite importado, vindo do Mercosul, está tirando muitos da atividade, e isso pode refletir num futuro próximo de forma negativa para o setor e toda sociedade.

Esta estação está sendo a mais quente já registrada na Terra. Para o gado leiteiro em todo o mundo e para os produtores que cuidam dele, esse calor tornou a produção de leite de alta qualidade mais desafiadora, e a tendência de mais dias de alto calor só deverá continuar nas próximas décadas.

Andrea Vitali, professor da Universitá della Tuscia, em Itália, explicou durante a Cimeira Mundial do Leite que o risco de estresse térmico deverá aumentar em todas as latitudes do globo até ao ano 2100, onde a investigação do seu grupo foi interrompida. Estudaram dados climáticos dos últimos 30 anos e fizeram projeções para os próximos 80 com base em três cenários de aquecimento do planeta: baixo, moderado e alto. Com base nos limites do índice de temperatura e umidade (THI) que estabeleceram para o estresse térmico em vários níveis de latitude, eles estimaram que os ambientes subtropicais e equatorial-tropicais poderiam sofrer de 30 a 90 dias a mais por ano de estresse térmico.

Nos EUA, houve 110 dias em 2020 com uma média de THI superior a 65, uma indicação básica de estresse térmico, acrescentou Torsten Hemme, presidente e fundador da IFCN, a Dairy Research Network. Até 2050, espera-se que haja mais 17 dias acima desse limite nos EUA

Isto torna o combate ao estresse térmico uma preocupação crítica da indústria global de lacticínios. Vacas sob estresse térmico produzem menos leite, têm mais mastite, contraem mais doenças e se reproduzem com menos eficiência. E o que fazer na prática para controlar esse calor e dar mais conforto às criações?

Do lado genético, os agricultores dos EUA e de outros países estão a obter acesso ao gene SLICK, que permite aos animais desenvolverem uma pelagem mais tolerante ao calor. Em outros locais do mundo, o gado e os búfalos indígenas estão a fazer mais incursões porque têm maior tolerância ao calor do que o gado Holandês.

Poderão ser necessários ajustes na forma como encaramos a produção leiteira, mas enfrentar o estresse térmico é fundamental para que a indústria leiteira forneça os nutrientes de que dispõe às populações de todo o mundo. Enfrentar melhor esse problema é uma vitória para as vacas, os produtores, o clima e o consumidor. As informações são do portal “Milkpoint”.

Francys de Oliveira proseou com Valdir Rodrigues e Lionel Oliveira (presidente e vice-presidente da Coopervap, cooperativa de produtores, principalmente de leite) sobre as consequências ao setor leiteiro da onda de calor, falta das chuvas, e do excessivo volume de leite importado que entra no Brasil neste ano 2023.

 

Vamos trazer algumas participações de nossos internautas do canal “Paracatu Rural – Jornal do Agronegócio”, que comentaram mais sobre a situação do leite no país. A Vanderleia Marth disse o seguinte:

“O leite vai gerar muito desemprego. Se continuar assim, muitos do campo vão brigar por emprego nas cidades”

O Tomás de Oliveira deixou a opinião dele:

“Hoje no Brasil, a política de investimentos e incentivos no setor leiteiro visa o crescimento do grande produtor e acabar com o pequeno produtor”.

O João Elder disse o seguinte:

“Tomara que resolva (a situação do leite) porque está ficando ruim do jeito que está. Para nós produtores o preço está baixando mais que nos mercados. Alguns laticínios estão se aproveitando da situação. Negócio tá ficando difícil. Socorro!!”


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