A demanda pós-carnaval não reagiu, e as cotações tanto do boi quanto da carne seguem pressionadas. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), alguns frigoríficos com escalas mais alongadas estiveram até mesmo fora das compras no início da penúltima semana de fevereiro.
Nesse cenário, os preços maiores foram deixando de ser praticados, e as médias regionais foram sendo reajustadas negativamente. No front externo, as exportações de carne bovina in natura registraram ritmo forte nos primeiros 10 dias úteis de fevereiro. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os embarques diários registram média de 10,49 mil toneladas, totalizando 104,91 mil toneladas já embarcadas em fevereiro.
Em fevereiro de 2023, o volume diário foi de 7,02 mil toneladas, somando 126,39 mil toneladas no período. Se mantido esse ritmo até dia 29 de fevereiro, as exportações podem se aproximar das 200 mil toneladas. Na parcial do mês, o indicador do boi gordo Cepea/B3 recuou 3,53%, aos R$236,35.
Vlamir Brandalizze ressalta que o mercado da carne bovina se encontra em calmaria em relação aos negócios domésticos. Já as exportações continuam a todo vapor, com a possibilidade de alcançar 150 mil toneladas no final de fevereiro. As carnes de frango e suína também continuam com exportações aceleradas, e o custo de produção tem sido a principal vantagem aos produtores.
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