Exportação brasileira de CARNES em 22: volume 8% maior gerou aumento de quase 30% na receita cambial
Correspondendo às expectativas quanto ao volume, a carne de frango registrou aumento de pouco mais de 4%. Mas obteve valorização acima da esperada no preço médio, +22%. O efeito foi uma receita cambial 27% maior que a de 2021, destaca reportagem da AviSite. Sobre o setor das carnes, o consultor Vlamir Brandalizze tem mais informações importantes.
Em 2022 o Brasil exportou 8,366 milhões de toneladas de carnes, volume que representou aumento de 8% em relação ao ano anterior. Mas a receita proveniente dessas exportações apresentou evolução bem mais significativa, pois subiu de menos de US$20 bilhões para US$25,670 bilhões – aumento de 29,26% no ano.
Nos bovinos, a diferença média entre os preços das arrobas dos animais machos e fêmeas prontos para abate, ambos comercializados no mercado paulista, atingiu o maior patamar para um início de ano. De acordo com dados do Cepea, a diferença entre os valores médios está em expressivos 23,48 Reais por arroba nesta parcial de janeiro (até o dia 24), com vantagem para o macho. Trata-se da maior diferença da série histórica mensal do Cepea desses produtos para o primeiro mês do ano, iniciada em 2000 no caso da vaca. Esse cenário se deve à sustentação dos preços do animal macho e também à queda dos valores da vaca. De dezembro/22 para a parcial deste mês, enquanto a arroba do boi gordo no mercado paulista apresenta desvalorização nominal de 2,7%, o preço da vaca registra queda mais intensa, de 4,31%. Segundo pesquisadores do Cepea, no caso do boi, os valores são sustentados pela forte demanda internacional pela carne, sobretudo chinesa. Já no caso da vaca, a proteína destina-se especialmente ao mercado brasileiro, que, vale lembrar, atravessa um período de demanda enfraquecida, tendo em vista o fragilizado poder de compra de grande parte da população, com frigoríficos regionais focados nesse mercado.
A baixa liquidez nas vendas de carne suína tem pressionado os valores do animal vivo nesta segunda quinzena de janeiro. Quanto aos principais insumos da atividade suinícola – milho e farelo de soja –, pesquisadores do Cepea destacam que os valores também estão recuando nesta semana, sendo que, no caso do cereal, o movimento de queda é fraco, ao passo que a desvalorização do derivado de soja é intensa. Diante desse cenário, dados do Cepea mostram diminuição no poder de compra do suinocultor paulista em relação ao milho, mas aumento frente ao farelo de soja.
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