Entidades repudiam fala do presidente da APEX contra produção brasileira
O deputado federal Pedro Lupion, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) fez um duro discurso contra as falas do presidente da Apex.
Várias entidades brasileiras repudiaram as recentes declarações do presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações de Investimentos (Apex Brasil), Jorge Viana, durante missão de promoção aos produtos brasileiros na China, nesta semana. Na oportunidade, o gestor demonstrou total despreparo para exercer esta função.
A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), entidade que congrega 100% da área cultivada de soja em território nacional, classificou as falas como uma tentativa de denegrir a imagem dos produtores rurais e da produção agropecuária nacional.
Segundo a entidade, reconhecido no mundo inteiro, o Brasil construiu uma agropecuária tropical graças a grandes revoluções tecnológicas promovidas em parceria entre os pesquisadores brasileiros e os produtores rurais.
O Brasil é reconhecido por organismos internacionais, como a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), pela adoção das práticas agrícolas mais sustentáveis e lidera todos os rankings de produtividade por área cultivada. Campeão mundial em preservação ambiental, o Brasil é o único país no mundo que preserva o meio ambiente dentro das fazendas para os brasileiros e para toda a humanidade.
Em respeito aos milhões de brasileiros que trabalham e produzem alimentos no Brasil, o presidente da Apex precisa urgentemente se retratar ou deixar o cargo, diz a Aprosoja em nota. De outro modo, deixará uma mácula, uma marca indelével no governo federal de ação para denegrir a imagem do setor agropecuário nacional, ao invés de construí-la.
O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), Jorge Viana, afirmou que a agricultura e, sobretudo, a pecuária ocupam áreas oriundas do desmatamento da Amazônia. A fala dele foi feita nesta semana, em evento realizado na China.
“Quero dar números bem objetivos. Falei que 84 milhões de hectares foram desmatados. Para que essas áreas estão sendo usadas? 67 milhões de hectares para a pecuária; 6 milhões para agricultura de grãos. E 15 milhões (são) de floresta secundária”, disse Viana, segundo o Estadão Conteúdo.
A afirmação do presidente da Apex Brasil foi feita em seminário organizado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) no Centro para China e Globalização (CCG) como parte da programação da comitiva brasileira no país asiático. Liderado pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, o grupo brasileiro conta com mais de 100 empresários ligados ao agro.
“Se nós reconhecermos o que já foi feito de equivocado, teremos maiores condições de defender aquilo de bom que estamos fazendo na Amazônia ou procuramos fazer”, prosseguiu Viana. Segundo ele, os números sobre a relação da agropecuária com o desmatamento na Amazônia foram compilados junto ao Ministério da Agricultura, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a entidades de monitoramento.
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