O mercado doméstico de algodão teve, durante a segunda semana de julho, uma comercialização pontual. A disponibilidade tem sido mais curta no físico, com os vendedores dosando a oferta e favorecendo a valorização do algodão brasileiro no mercado externo. Algumas tradings continuaram trabalhando com interesse para a safra 2025. As cotações internas andaram descoladas da Bolsa de Nova York.
A safra brasileira de algodão em pluma na temporada 2023/24 está estimada em 3,636 milhões de toneladas, aumento de 14,6% na comparação com as 3,173 milhões de toneladas indicadas na safra 2022/23. Os números fazem parte do 10º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2023/24.
A produtividade das lavouras está estimada em 1.870 quilos de algodão em pluma por hectare, ante 1.907 quilos por hectare na temporada 2022/23. A área plantada com algodão na temporada 2023/24 está estimada em 1,944 milhão de hectares, elevação de 16,9% na comparação com os 1,663 milhão de hectares da safra passada. As informações são do portal “Safras e Mercado”.
O diretor-executivo da Associação Mineira de Produtores de Algodão (AMIPA), Lício Pena, comenta que houve queda nos preços do algodão durante a segunda semana de julho. A previsão de chuvas nas regiões produtoras dos Estados Unidos bem como o crescimento da produção na safra 2024/25 contribuíram para o cenário. No entanto, no médio prazo, há possibilidade de valorização da pluma. Isso se deve principalmente ao crescimento da demanda em países de grande consumo, como Índia e Malásia.
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