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Leite

Custos da produção do LEITE registram alta de 0,99% em setembro, de acordo com boletim do CEPEA

Custos da produção do LEITE registram alta de 0,99% em setembro, de acordo com boletim do CEPEA

De janeiro a setembro, o COE avançou 15,75%. Os aumentos nos custos de produção seguem influenciados pelas altas dos adubos e corretivos, dos combustíveis e, de rações e concentrados.

 

O COE (Custo Operacional Efetivo) da pecuária leiteira subiu 0,99% entre agosto e setembro na “Média Brasil” (BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP).

De janeiro a setembro, o COE avançou 15,75%. Os aumentos nos custos de produção seguem influenciados pelas altas dos adubos e corretivos, dos combustíveis e, de rações e concentrados.

Quanto aos adubos e corretivos, a maior demanda devido ao início do plantio da safra 2021/22, e a escassez de matéria-prima para a fabricação desses insumos, elevaram as cotações por mais um mês. O cenário tem sido agravado pela crise energética na China e na Europa, que vem dificultando a produção de fertilizantes, reduzindo a oferta global.

Além disso, o dólar forte e os custos logísticos impulsionam ainda mais as cotações internas. De agosto para setembro, os adubos e corretivos se valorizaram 3,71%, sendo o nono mês consecutivo de alta. No acumulado do ano, esse grupo acumula expressiva valorização de 47,85% na “Média Brasil”.

Os combustíveis registraram avanço de 2,79% em setembro na “Média Brasil” e, no ano, de 38,54%. Os aumentos, que encarecem o custo das operações mecânicas nas propriedades, estão atrelados especialmente à valorização do petróleo no mercado internacional, que é a mais significativa desde 2018.

As altas nos grupos dos combustíveis e dos fertilizantes já elevam os custos das silagens produzidas no próximo ano.

O grupo das rações e concentrados, por sua vez, registrou aumentos de 1,21% e de 15,09% nas comparações mensal e anual – “Média Brasil”. Os avanços mais expressivos em setembro foram no estados de Santa Catarina, 5,27%, Minas Gerais 1,55%, e São Paulo com 0,31%.

Quanto à relação de troca entre o leite e o milho, foram necessários 38,8 litros de leite para a aquisição de uma saca de 60 kg do cereal em setembro (Indicador do milho ESALQ/BM&FBovespa, Campinas/SP), contra 41,81 litros no mês anterior. Essa relação de troca esteve ainda mais favorável ao produtor de leite comparando-se à média dos últimos 12 meses, de 40,78 litros por saca. Esse cenário está atrelado ao ligeiro aumento no preço médio do leite pago ao produtor, e principalmente à desvalorização de 6,3% do milho em setembro deste ano.

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