Agricultura Arroz Feijão

Cultivares de Arroz e Feijão para o Cerrado Mineiro são apresentadas por empresa de pesquisa

Neste episódio vamos falar sobre a combinação preferida dos brasileiros: arroz e feijão.

O plantio de ambos depende de determinadas condições de solo e climáticas, mas que podem ser adaptáveis de acordo com o manejo e com a cultivar desenvolvida.

Para falarmos mais sobre isso, conversamos com o Engenheiro Agrônomo, Robson Baggio, Gestor de Filial da Agro Norte.

A Agro Norte Pesquisa e Sementes desenvolve e comercializa desde 1994 novas cultivares de arroz, feijão, soja convencional e outros grãos, além de tecnologias e sistemas de produção para os agricultores.

Cultura que abria as fronteiras agrícolas no Brasil na década de 1960, o arroz de terras altas, ou de sequeiro, voltou a se estabelecer no Cerrado após perder espaço, nos anos 90, para o cereal plantado em lavouras irrigadas no Sul do País. Porém, agora a cultura assumiu um novo perfil: é adotada por agricultores altamente tecnificados que plantam o cereal em rotação com outras culturas e aproveitam sua boa aceitação no mercado, graças a novos materiais e manejos desenvolvidos pela pesquisa científica.

O novo emprego do arroz de terras altas tem sido observado, principalmente, nos estados de Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais e Tocantins que juntos produzem um milhão de toneladas do grão em uma área de 400 mil hectares. As informações são do Portal Embrapa.

 

O plantio da 1ª safra de feijão no Brasil, que se iniciou em setembro, ganhou uma nova variedade para o carioca, a ANfc 22. Ela possui características únicas no mercado, como porte ereto para otimizar a colheita e excelente qualidade de grão, algo que também representa ampla atratividade aos consumidores finais.

A ANfc 22 tem potencial produtivo de 4.800 kg por hectare, com adaptação recomendada para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Ela ainda apresenta boa sanidade e tolerância a doenças de solo. A nova variedade de feijão apresenta excelente qualidade de grão, com maior tempo de prateleira sem escurecer, além de ser saborosa, de fácil cozimento e muito boa de caldo.

Desde julho/23, o mercado do feijão, em especial o carioca, tem passado por grande instabilidade, com cotações que, durante muito tempo não cobriram os custos de produção e ficaram abaixo do chamado “preço mínimo”. Muitos produtores optaram por segurar as vendas até que se chegasse agora, de menor oferta, e de melhora nos valores. Porém, só conseguiram armazenar suas colheitas aqueles agricultores que contavam com feijões de escurecimento lento. Caso contrário, as indústrias não aceitariam tal produto e ele seria perdido ou adquirido com grande desvalorização.

 

Além de ser ingrediente protagonista da culinária brasileira, em especial quando se fala da tradicional feijoada, o feijão preto também é alternativa para o consumidor em momentos de alta para o carioca. Apesar dos principais produtores desta variedade se encontrarem no sul do país, com destaque para o norte do Paraná, o feijão preto também pode ser adaptável a outras regiões do Brasil, inclusive o Cerrado Mineiro.

 

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