Cotações do CAFÉ têm semana de sólida recuperação em NY
E vamos falar de mercado… Após as quedas constantes dos últimos meses, o café na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) parece estar se recuperando de forma sólida e fechou a semana em alta considerável. Segundo especialistas, o movimento acontece em razão do enfraquecimento do dólar e por compras especulativas. O economista Haroldo Bonfá, da Pharos Consultoria analisa que o movimento de alta parece ser bem sólida e que os produtores voltaram às mesas de negociação.
A safra mineira de café deve alcançar 27,5 milhões de sacas em 2023, com crescimento de 25% na comparação com a safra anterior. A área em produção está estimada em 1,1 milhão de hectares, 8,8% superior a safra passada. A produtividade média prevista é de 24,8 sacas por hectare, registrando aumento de 15%. Os dados fazem parte do primeiro levantamento para a safra de café da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Segundo a Secretaria do Estado de Minas Gerais, mesmo sendo ano de bienalidade negativa, característica da cultura do café que alterna anos de safra boa com outra de produção menor, a previsão inicial sinaliza um desempenho superior a 2022, quebrando o ciclo de evolução da série, desde a safra 2001, quando a Conab começou a acompanhar a safra cafeeira no país. Se estas previsões se confirmarem, Minas Gerais vai responder por aproximadamente 50% da safra nacional, que deve alcançar cerca de 55 milhões de sacas, mantendo sua posição de principal estado produtor de café do país.
Quase todas as regiões devem registrar expansão. A estimativa de produção para as regiões Sul e Centro-Oeste do estado é de 13,2 milhões de sacas, com crescimento de 37%. A área em produção deve ser de 549 mil hectares, 10% superior à safra passada. A produtividade deverá crescer 24%, alcançando 24 sacas por hectare.
Para as regiões do Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste é previsto crescimento na área em produção de 10%, registrando 200 mil hectares e produtividade de 31 sacas por hectare, com incremento de 35%.
Também há expectativa de crescimento para as regiões Norte, Jequitinhonha e Mucuri, devendo alcançar uma produção de 851,2 mil sacas. A área em produção deve crescer 5,2%, alcançando 28 mil hectares e a produtividade deve registrar ganho de 0,7%.
Para a Zona da Mata, Rio Doce e Central, a área em produção deve crescer 5,5% e alcançar 7,2 milhões de sacas. Ainda assim, as regiões têm estimativa de queda de 2,4% devido à previsão de perda na produtividade.
A Secretaria de Agricultura e suas vinculadas (Emater-MG, Epamig e o Instituto Mineiro de Agropecuária – IMA) desenvolvem diversas ações para o fortalecimento da cafeicultura no estado. O Certifica Minas Café, por exemplo, orienta os produtores a adequar as propriedades às normas internacionais de boas práticas agrícolas. Atualmente, 811 propriedades cafeeiras são certificadas pelo programa.
O Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais e o desenvolvimento de diversas pesquisas e análises do setor cafeeiro são ações que também vêm contribuindo para a eficiência dos processos produtivos e a valorização dos cafés mineiros no mercado.
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