19-11 - cop 26
Agricultura e Sustentabilidade Meio Ambiente

COP 26: utilização de menos combustíveis fósseis é benéfico para Agricultura Brasileira

COP 26: utilização de menos combustíveis fósseis é benéfico para Agricultura Brasileira

A atuação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Embrapa durante a COP26 foi fundamental para a manutenção das atividades do Grupo de Trabalho Conjunto em Agricultura Koronivia no âmbito da Convenção – Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). O grupo tem por objetivo promover os modelos de agricultura sustentável a serem disseminados pelo mundo para reduzir os efeitos das mudanças climáticas no setor. E comentando esse assunto, o Paracatu Rural teve a participação do Sr. Benedito Rosa, Ex-Secretário do Ministério da Agricultura e ex-presidente da Conab.

“Após dias de negociações, houve consenso entre os diversos países membros em manter o grupo de Trabalho intitulado Koronivia, com o objetivo de promover os modelos de agricultura sustentável como solução para mitigar os impactos das mudanças climáticas no setor agrícola. Foi uma importante conquista do time de negociação brasileiro na COP26”, comemorou o diretor de Regularização Ambiental do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), João Adrien, que participou das negociações.

O consenso em seguir com os trabalhos do Koronivia Joint Work on Agriculture (KJWA) é uma decisão histórica no âmbito da UNFCCC, que aborda questões relacionadas ao uso sustentável dos recursos naturais pela agricultura e visa disseminar tais modelos com foco em garantir que as mudanças climáticas não gerem impactos negativos na segurança alimentar global. O Grupo encerraria seus trabalhos na COP26, mas o Brasil, com apoio dos países em desenvolvimento, trabalhou para garantir a sua continuidade.

Em relatório publicado em abril deste ano, no âmbito da reunião de Koronivia para a agricultura, o UNFCCC reconheceu a agricultura brasileira como modelo de desenvolvimento sustentável. No documento que faz referência ao Brasil, são citados o sistema integração Lavoura-Pecuária-Floresta, a agricultura de precisão e a tecnologia baseada em ciência.

Durante as duas semanas da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), o Ministério da Agricultura apresentou a segunda etapa do Plano ABC+, com tecnologias de baixa emissão de carbono praticadas pela agropecuária brasileira e as metas para a próxima década. Representante do Mapa na COP26, o secretário de Desenvolvimento Sustentável e Irrigação, Fernando Camargo, participou de debates com líderes de diversos países, mostrando que o Brasil pode compartilhar suas experiências com países semelhantes, ajudando a promover resiliência, adaptação e mitigação de emissões de gases do efeito estufa.

“Nosso objetivo principal da delegação do Mapa foi trazer para os eventos de promoção o Plano ABC+, e acreditamos que nossa missão foi absolutamente cumprida. O ABC+ é certamente o grande projeto que a agricultura e a pecuária brasileira vão fazer até 2030 para mitigar os efeitos da emissão dos gases de efeito estufa. Acreditamos que isso já está colocado e a compreensão é totalmente disseminada aqui na COP e já por todo o Brasil”, destacou o secretário.

Durante a COP26, o Brasil foi uma das nações que aderiram ao compromisso global para redução das emissões de metano, e a declaração de florestas e uso da terra. Mas o Brasil já vem trabalhando com estratégias para reduzir a emissão de metano na pecuária, como o melhoramento genético de pastagens para desenvolver alimentos mais digestíveis para os animais e o melhoramento genético dos animais, que permite o abate precoce. Também está em estudo a utilização de aditivos que podem ser agregados na alimentação animal, com substâncias como taninos e óleos essenciais. 

 

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