Controle da cigarrinha-do-milho e da lagarta-do-cartucho, que atacam o milho.

Fabrício Andrade, engenheiro agrônomo, produtor rural e professor de agronomia, proseou com Francys de Oliveira sobre a importância do controle de pragas no milharal. Neste episódio ele destacou duas pragas que atacam as partes aéreas da planta: a cigarrinha-do-milho e a lagarta-do-cartucho. Segundo a Embrapa a cigarrinha Dalbulus maidis (Hemiptera: Cicadellidae), é um inseto que até pouco tempo era um problema secundário na cultura do milho; porém, a partir de 2015, tornou-se uma das principais pragas dessa gramínea. Elevadas populações desse inseto têm sido registradas nas últimas safras em diferentes regiões produtoras, particularmente nos cultivos de segunda época ou de safrinha, impactando de forma significativa, na produção e na produtividade de grãos. Embora a cigarrinha-do-milho possa causar dano direto pela sucção contínua de seiva das plantas, os maiores prejuízos estão relacionados à capacidade deste inseto ser vetor de patógenos, como os molicutes, que causam os enfezamentos vermelho e pálido na cultura. Nesse sentido, este documento torna-se um importante referencial para a questão exposta, pois traz informações básicas a respeito desse patossistema envolvendo a cigarrinha, enfezamentos e viroses; expõe o real panorama do problema em nível nacional, bem como aponta as principais estratégias de manejo disponíveis, visando minimizar os prejuízos causados por essas doenças na cultura do milho. A lagarta-do-cartucho Spodoptera frugiperda (J. E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) é considerada a mais prejudicial, pois ataca as plantas tanto na fase vegetativa quanto na fase reprodutiva. No Brasil, pode causar prejuízos anuais estimados em mais de U$ 400 milhões. A redução de produtividade causada pela praga pode atingir 60%, dependendo da cultivar e da época de ataque. A mariposa durante o dia pode ser encontrada sob a folhagem, próxima ao solo ou entre as folhas fechadas do cartucho do milho, havendo diferença nítida entre o macho e a fêmea. O ataque inicia pela colocação de ovos nas folhas, geralmente acinzentados, dando origem a lagartas muito pequenas que raspam a folha de milho (Figura 1A e B). A fase de ovo dura cerca de três dias. (fonte: Embrapa)