Combustível sustentável promete revolucionar aviação global

O Brasil pode se tornar um dos grandes produtores de combustível sustentável de aviação, SAF (na sigla em inglês). Feito a partir de matérias-primas como cana-de-açúcar, óleo de soja e até da palmeira macaúba, o combustível polui menos o meio ambiente e é compatível com os motores das aeronaves que já trafegam pelo mundo. É a grande aposta para substituir o querosene dos aviões, derivado do petróleo, que, além de finito, vai contra as metas de redução de gases do efeito estufa no planeta. Apesar do potencial promissor do SAF, ainda existem desafios para a produção em larga escala. Mas já de olho nesse mercado e nas vantagens competitivas do Brasil, em 2020 o governo federal enviou para o Congresso o projeto PL 528/2020 que prevê estímulos para a produção desse combustível sustentável.

Segundo dados divulgados pela Embrapa, desde os anos 70 e de forma mais intensa na última década, com o aumento da frota de carros flex, o país deixou de utilizar 2,15 bilhões de barris de petróleo equivalentes e evitou a emissão de 1,34 bilhões de toneladas de gás carbônico, pelo uso do etanol. Os biocombustíveis, de um modo geral, possuem o potencial de redução de 70% a 90% das emissões de gases de efeito estufa ao longo de seus ciclos de vida, quando comparados aos combustíveis fósseis. Isso traz ganhos econômicos e ambientais para toda a cadeia produtiva (insumos, máquinas …) e benefícios para o consumidor e a sociedade como um todo.

Para falar mais sobre esse tema, Paula Groba, da Rádio Senado, bateu um papo com o professor e pesquisador da Unicamp, Arnaldo Walter. Acompanhe