CARNE BOVINA continua no aguardo da liberação das exportações para a China
O frango baterá recordes na exportação em 2023 e aumentará vendas no mercado interno com o bolsa família sendo injetado no Brasil. É o que explica o consultor Vlamir Brandalizze.
Além da reabertura do mercado para a carne bovina brasileira desossada com menos de 30 meses de idade, a China também habilitou quatro frigoríficos brasileiros para exportação, segundo informações da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). As unidades que receberam autorização para exportar carne bovina aos chineses são: unidade da JBS, em Vilhena (RO), Frigorífico Irmãos Gonçalves, em Jaru (RO), Frigorífico Astra, em Cruzeiro d’Oeste (PR) e a unidade da Frisa, em Colatina (ES). Essas são as primeiras habilitações de unidades brasileiras que os chineses anunciam desde 2019.
Em comunicado, a Administração-Geral de Alfândegas da China (Gacc, na sigla em inglês) também retirou a suspensão das exportações de dois frigoríficos que estavam embargados. Um deles é o Frigorífico Redentor, localizado em Guarantã do Norte (MT), que estava impedido de exportar a proteína vermelha desde agosto de 2022 e também a planta da BRF em Marau (RS), cujas vendas de carne de frango estavam interrompidas desde dezembro de 2021. De acordo com a Gacc, as medidas valem a partir desta quinta-feira, relata o Broadcast Agro.
No Brasil, agentes do setor pecuário nacional esperam que a retomada dos embarques de proteína à China seja anunciada em breve – uma comitiva de representantes brasileiros chegou no país asiático nesta semana. Segundo pesquisadores do Cepea, a suspensão mantém lento o ritmo de negócios e os preços da arroba, enfraquecidos. Nesta parcial de março (até o dia 21), o Indicador CEPEA/B3 do boi gordo (estado de São Paulo) tem média de R$ 275,73, queda de 4,82% frente à de fevereiro/23 e expressivos 19,34% inferior à de março/22, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de fevereiro/23). Trata-se, também, da menor média real desde outubro de 2019, quando o Indicador foi de R$ 254,88.
Já as cotações da carne e do suíno vivo estão em movimento de queda nesta segunda quinzena de março em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. A pressão sobre os valores vem do desaquecimento da demanda por proteína no mercado atacadista, tendo em vista a diminuição no poder de compra do consumidor neste período do mês. Diante disso, agentes de frigoríficos vêm limitando a demanda por novos lotes de animais para abate.
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