O mercado de café na Bolsa de Nova York encerrou a semana de 19 a 23 de agosto com valorização. Especialistas começam a apontar as indefinições do novo Regulamento de Desmatamento da União Europeia (EUDR) como um fundamento importante, com receio do mercado de que embarques para a Europa possam deixar de ocorrer em razão da falta de clareza na regulamentação.
Já no Brasil, Climatempo informou que, a partir de sábado 24/08/2024, uma frente fria avança do Sul do Brasil em direção à costa do Sudeste, espalhando instabilidades sobre áreas produtoras de café da faixa leste de São Paulo, sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro. “A partir do domingo, 25, as instabilidades começam a se afastar e dão lugar a uma nova massa de ar frio, que provoca declínio acentuado das temperaturas entre o domingo e a terça-feira”. As madrugadas vão ficar bem frias, com temperaturas mínimas novamente abaixo dos 10 graus mas, por enquanto, sem risco para extremos e sem indicativos para geadas. De acordo com Climatempo, ao longo da última semana de agosto, o tempo seco predomina sobre áreas produtoras do Brasil e as temperaturas tendem a se elevar gradativamente. “As chuvas devem avançar para as áreas do Espírito Santo e sul da Bahia, onde o mês de agosto terminará com o tempo mais instável e episódio de chuva na forma de pancadas”. As informações são do Conselho Nacional do Café (CNC).
O agente autônomo de investimentos João Santaella Neto, Joãozinho Grafista, destaca que a penúltima semana de agosto foi marcada por bastante volatilidade no mercado do café. As contações variaram entre 230 e 250 centavos de dólar por libra-peso em Nova York.
Os preços do café arábica oscilaram com certa força nos últimos dias no Brasil. Segundo pesquisadores do Cepea, a onda de frio que atingiu as lavouras do arábica nas regiões de Mogiana Paulista e do Cerrado Mineiro trouxe apreensão entre agentes do mercado, contexto que resultou em alta nos valores do grão no começo da semana anterior. No entanto, à medida que as temperaturas foram subindo, a possibilidade de novas geadas foi descartada, e as cotações passaram a cair. De qualquer forma, preocupações relacionadas à oferta mundial apertada voltaram a impulsionar os valores mais ao final da semana.
Joãozinho Grafista comenta que a seca nas regiões cafeeiras do Brasil tem contribuído para manter os preços do café em bons patamares. Contudo, o tempo seco preocupa os cafeicultores que já começam a projetar uma florada precoce das próximas lavouras e, consequentemente, menor produtividade para o setor.
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