CAFÉ atinge maior alta dos últimos 7 anos na 2ª semana de novembro, e pode subir ainda mais
O agente autônomo de investimentos, João Santaella Neto, conhecido como Joãozinho Grafista, comenta que o mercado do teve uma queda no início da última semana e logo depois uma forte alta, rompendo resistências, atingindo a maior alta dos últimos 7 anos e ainda pode subir mais.
As cotações do café no mercado internacional voltaram a subir na segunda semana de novembro. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), o arábica voltou a superar a linha de 210 cents a libra-peso, refletindo a preocupação com a oferta em 2022, diante de uma safra brasileira problemática, os entraves logísticos para as exportações, com falta de contêineres, e com o dólar fraco contra o real, especialmente.
Na Bolsa de Londres, o robusta avançou ainda mais que o arábica em NY.
Destaque para os fortes ganhos do dia 11 de novembro, na Bolsa de NY, quando a bolsa subiu no fechamento mais de 3%.
Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, o café disparou apoiado na queda do dólar, particularmente contra o real. “A pouca disponibilidade física e a perda de potencial produtivo da próxima safra brasileira de arábica também influencia os ganhos na bolsa em NY”, comenta. A oferta no momento está curta no Brasil e a produção do próximo ano está comprometida pela falta de chuvas em longos períodos de 2020 e 2021 e com as geadas de julho.
Barabach indica que o rompimento da linha de 210 cents serviu de impulso técnico para o vencimento Março/2022, que chegou a testar o topo gráfico em 215 cents. “O desafio de alta é vencer o topo gráfico em 215 cents, o que daria força para Março/2022 ir buscar o topo gráfico em 218 cents, reaproximando, assim, a posição da referência em 220 cents. Isso confirmaria a retomada do traçado de alta”, avalia.
No Brasil, o mercado físico teve uma semana calma na comercialização. Os vendedores esperam por cotações mais altas, enquanto os compradores também estão cautelosos com toda a volatilidade da bolsa e do câmbio. O dólar comercial acumulou uma queda entre as quintas-feiras 04 e 11 de novembro de 3,6%, o que minimizou o impacto para o arábica no Brasil dos ganhos em NY.
No balanço da semana, o arábica bebida boa, no sul de Minas Gerais caiu entre os dias 04 e 11 de R$1.270,00 para R$1.265,00 a saca, declínio de 0,4%. Já o conilon tipo 7 em Vitória, Espírito Santo, subiu de R$ 770,00 para R$ 805,00 a saca, elevação de 4,5%. Uma explicação está no fato de que o robusta em Londres subiu mais que o arábica em NY e com a demanda também dando suporte aos preços.
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