As vendas externas de carne bovina in natura estão em ritmo mais intenso nas últimas semanas. Em setembro, o volume embarcado ficou próximo de 200 mil toneladas. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário reforçou o movimento de recuperação nos preços internos da arroba do boi gordo, que já vinha sendo observado ao longo do último mês devido à diminuição na oferta de animais para abate. Assim, no acumulado de setembro, o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 (estado de São Paulo) avançou expressivos 18,2%, encerrando o mês a R$ 236,15. Vale lembrar que, em agosto, o Indicador havia acumulado forte baixa, também de 18%. O desempenho observado no mês passado foi o segundo melhor para um mês de setembro, atrás apenas do observado em 2022, quando 203,02 mil toneladas foram escoadas.
Os valores médios dos produtos suinícolas subiram em setembro, conforme levantamento do Cepea. O impulso veio do bom ritmo de exportações da carne suína in natura (apesar do leve recuo em setembro) e da demanda interna aquecida. De acordo com dados da Secretária de Comércio e Exterior (Secex), reunidos e analisados pelo Cepea, foram embarcadas 98,5 mil toneladas de carne suína in natura em setembro, pequena baixa de 1,5% frente a agosto, mas 4,4% acima do volume observado em setembro de 2022.
Vlamir Brandalizze faz um balanço sobre o mercado das carnes, que continua em ritmo acelerado no Brasil. Apenas na primeira semana de outubro devem ser exportadas entre 40 e 50 mil toneladas de carne bovina. Internamente, os preços do boi gordo também caminham bem, continuando o processo de recuperação e atingindo a casa de 220 reais a arroba. A carne de frango deve atingir nos primeiros dias de outubro a marca de 100 mil toneladas embarcadas, enquanto a suína caminha para algo entre 25 e 30 mil toneladas.
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