O cultivo nas barragens subterrâneas, segundo avaliação do estudo conduzido pela Embrapa Solos, destina-se basicamente ao consumo próprio, constando da produção de milho, feijão-comum, feijão de corda e fava, macaxeira, batata-doce, cenoura, inhame, alface, cebolinha, beterraba, coentro, alho, repolho, couve, quiabo, tomate, chicória, pimentão, abóbora, chuchu, melancia, melão, acerola, goiaba, manga, mamão, abacaxi, maracujá, graviola, caju, coco e cana-de-açúcar, além de capim e palma forrageira, que são armazenados em silagem para alimentação animal. Com a tecnologia em pleno funcionamento, cada família possui entre seis e oito cabeças de gado, geralmente duas delas produzindo leite. As galinhas e perus são em torno de 10 e 15 cabeças, porcos ou ovelhas de 5 a 10. Esses dados dão dimensão sobre as possibilidades que as barragens subterrâneas dão ao produtor rural do semiárido brasileiro. Antes refém do tempo seco, o agricultor pode continuar naquele ambiente e ter boa produtividade. É sobre isso que falaremos em nosso último episódio sobre barragens subterrâneas, de realização da Embrapa. Maria Sônia Lopes, pesquisadora da Embrapa Solos, e Igor Dias, Supervisor de Gestão de Tecnologias, destacam os benefícios desse tipo de tecnologia no nordeste brasileiro, trazendo exemplos de produtores rurais do estado de Alagoas.
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