No último domingo (05 de novembro), aconteceu o primeiro dia de avaliação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Além da redação, os estudantes responderam questões sobre linguagens e ciências humanas. Contudo, três questões de humanas (de números 70, 71 e 89) trataram a agropecuária brasileira de forma agressiva e como prejudicial ao meio ambiente, o que levou ao posicionamento de diversas associações de instituições ligadas ao agronegócio nacional. A Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) se manifestou em nota dizendo o seguinte:
“Em respeito ao objetivo do ENEM e à justa avaliação do nível de conhecimento dos estudantes que concluíram a educação básica, o Ministério da Educação (MEC) precisa anular as questões 70, 71 e 89 da prova aplicada no dia 5 de novembro, pois elas apresentam a moderna produção agropecuária brasileira de forma absolutamente equivocada […]. A inclusão na prova da afirmação de que o agronegócio promove “’pragatização’ dos seres humanos e não humanos” ressalta um problema conhecido e que precisa ser resolvido pelo governo federal. Estudo recente produzido pela Fundação Instituto de Administração (FIA), entidade vinculada à Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP (FEA-USP), que analisou 9 mil páginas de 94 livros de editoras que fornecem material didático ao MEC, revelou que 88% das menções ao agronegócio são autorais, sem embasamento científico.
Portanto, mais que anular as questões, o MEC precisa esclarecer à sociedade como pretende interromper esse ciclo de desinformação. A Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) vai mobilizar outras entidades setoriais, universidades, pesquisadores e educadores para propor apoio ao MEC na atualização do conceito de agronegócio no banco de questões utilizado na elaboração das provas do ENEM e demais materiais didáticos distribuídos pelo governo federal. […]
A Associação De Olho No Material Escolar (DONME) e a Frente Parlamentar Agropecuária também se posicionaram. Da nossa redação, Rafael Mendonça traz mais informações
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