A paralisação parcial do governo federal dos EUA já é o mais longo “shutdown” da história americana. O bloqueio do orçamento é resultado da queda de braço entre o presidente Donald Trump e a oposição democrata por causa da construção do muro na fronteira com o México.
Quanto ao mercado do milho os preços internacionais apresentaram quedas na Bolsa de Chicago. Já no mercado interno as principais cotações do milho permaneceram estáveis em sua maioria.
Nosso colaborador Vlamir Brandalizze comenta o mercado da soja, milho, arroz, feijão, e ainda das carnes.https://www.brandalizzeconsulting.com.br/
O mercado de carnes viveu um ano bem complicado. O setor ainda sofria os rescaldos da Operação Trapaça, um desdobramento da Operação Carne Fraca, quando veio a greve dos caminhoneiros. O embargo europeu à carne de frango brasileira, as dificuldades em exportar devido a paralisação dos caminhões e acesso aos portos, e um consumo interno enfraquecido devido aos 13 milhões de desempregados, e uma economia que ainda cresce muito lentamente, levaram o setor de carnes a ver suas margens apertarem, principalmente com a sobra do produto no mercado nacional.
O cenário começou a mudar no segundo semestre de 2018, quando a alta do dólar gerou oportunidades no mercado externo, reduzindo a oferta doméstica de carne.
Após um ano de grandes desafios para a avicultura de corte, as perspectivas para 2019 são positivas, de acordo com informações do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.
Agentes aguardam uma recuperação do setor, fundamentados na possível menor pressão vinda dos principais insumos da atividade, como o milho e o farelo de soja, e intensificação do escoamento da carne de frango aos mercados doméstico e externo.
No caso dos insumos, a Conab estima alta de 12,8% na produção de milho da safra 2018/19 frente à safra anterior, segundo o relatório divulgado em dezembro. Quanto ao farelo de soja, a expectativa é de que a produção avance 4,09% no mesmo comparativo. Esse cenário, por sua vez, poderia pressionar os valores desses insumos e, consequentemente, reduzir os custos de produção do pecuarista, avicultor e suinocultor.
O valor das carnes de frango e suína, presentes na lista de 22 produtos de maior importância no mercado atacadista da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), registraram alta superior a 13% no acumulado de 12 meses. A elevação de preço dessas proteínas supera a inflação do período, medida em aproximadamente 4%, conforme o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os dados são do Instituto de Economia Agrícola (IEA), instituição de pesquisa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. De acordo com artigo do IEA, divulgado no último dia 15 de janeiro, em dezembro a carne suína registrou um pequeno aumento de 0,17%. Porém, este item acumulou, nos últimos cinco meses, variação positiva de 13,54%.
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