Depois de encerrarem julho abaixo dos R$ 4 por libra-peso, os preços do algodão em pluma voltaram a se recuperar no começo de agosto, embora registrem pequenas oscilações. Segundo pesquisadores do Cepea, a disponibilidade ainda restrita de lotes da temporada 2023/24 e a preferência de agentes em atender contratos a termo garantem sustentação às cotações. Parte dos vendedores segue firme nos valores pedidos, indicando estar com boa parte da safra comprometida e atentos aos avanços da colheita e do beneficiamento. Os patamares de contratos firmados anteriormente são considerados atrativos sobretudo por conta do fortalecimento do dólar, que também dá suporte às paridades, conforme explicam pesquisadores do Cepea.
O diretor-executivo da Associação Mineira dos Produtores de Algodão, Lício Pena, destaca a marca atingida pelo Brasil como maior exportador de algodão do mundo. A confirmação veio após o fim do ano comercial, em 31 de junho. Em relação aos preços, ainda não estão nos melhores patamares, uma vez que as cotações atingiram o menor nível em quatro anos. A possibilidade de recessão nos Estados Unidos é um dos fatores que contribuem como tendência baixista. Por outro lado, com os preços da pluma em baixa, o mercado trabalha com a chance de um aumento da demanda por parte dos compradores.
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