04-12 - algodão
Algodão Análise de Mercado

ALGODÃO brasileiro se destaca na exportação, mesmo com redução de consumo e custos altos de produção

ALGODÃO brasileiro se destaca na exportação, mesmo com redução de consumo e custos altos de produção

O colaborador do Paracatu Rural, engenheiro agrônomo Lício Pena, diretor executivo da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), fez uma retrospectiva do mercado do ALGODÃO neste ano 2021, onde segundo ele, houve recuo de área e de produção devido a redução de consumo pela pandemia de coronavírus, e custos de produção bastante altos. Mesmo assim, as exportações foram maiores que no ano anterior e o Brasil se destaca no setor. Em 2022 esperam-se números ainda melhores e produtores aumentam a área plantada.

Pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em parceria com as equipes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), da Universidade de Malta e, da Embrapa Algodão (PB), desenvolveram novos métodos para diferenciar sementes de algodão convencional das de algodão transgênico. 

Os métodos, que utilizam técnicas baseadas nas espectroscopias no infravermelho próximo (NIR) e Raman, além da análise de imagens hiperespectrais NIR, permitem diagnósticos de forma rápida, precisa e com baixo custo, sem destruir as amostras.

Aliam, ainda, princípios da Química Verde, sem o uso de reagentes químicos e, consequentemente, resíduos químicos, o que resulta em baixo impacto ambiental e baixo carbono, menor uso de água e energia.

Everaldo Medeiros, pesquisador da Embrapa Algodão que integra a equipe responsável pelos novos métodos, explica que são usados marcadores moleculares para realizar a rastreabilidade da origem genética e a proteção de cultivares em algodão e em outras culturas. 

“Os métodos hoje utilizados para essas finalidades são laboriosos, caros, demorados e não preservam as amostras. Além disso, no Brasil há poucos laboratórios especializados para tais serviços”, conta. “Já os que desenvolvemos são mais práticos e rápidos para a fenotipagem de materiais desenvolvidos pela Embrapa e poderão vir a ser uma inovação capaz de diferenciar produtos geneticamente modificados daqueles que não o são (OGMs e não OGMs), por exemplo, em cultivos orgânicos e agroecológicos”, acrescenta.


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