GADO GUZERÁ
A história do Kankrej, ou Guzerá, perde-se na origem da humanidade, tendo sido encontrados selos impressos em cerâmica e em terracota nos sítios arqueológicos de Mohenjo-Daro e Harappa, na Índia e Paquistão; e sua imagem em peças diversas nas regiões da antiga Assíria e Mesopotâmia. O museu de Bagdá, no Iraque, apresenta muitas peças e artefatos de ouro com a imagem do touro Guzerá, exatamente como ele é hoje. Tudo indica que o Kankrej era personagem importante nas pelejas, nos transportes e nas caçadas da antiga Mesopotâmia.
No Brasil, o Guzerá está espalhado por várias regiões mas é notória sua presença na região nordestina, onde foi a única raça que sobreviveu, produtivamente, durante os cinco anos consecutivos de seca, além de ter enfrentado também outras secas históricas. Também é muito criada no Rio de Janeiro – onde constituiu o primeiro núcleo de Zebu no país – em Minas Gerais, São Paulo e Goiás, e vem se expandindo para todas as regiões, com notáveis resultados.
Porte imponente, cabeça alta e chifres grandes, em forma de lira. Pelagem variando do cinza claro ao escuro, é admissível fêmea branca.
Neste ano, durante a 32ª EXPO PARACATU, realizado pela COOPERVAP, acontecerá a 13ª EXPO NACIONAL DO GUZERÁ, De 1º a 05 de agosto. O maior evento da raça no Brasil.
O Guzerá tem baixo peso ao nascer (30 kg os machos, e 28 kg as fêmeas) como a maioria dos zebuínos, o que facilita o parto, seja na primeira cria da novilha, ou nos partos subsequentes. A produção de leite das vacas garante o bom desenvolvimento dos bezerros na fase de aleitamento.
O ganho em peso dos animais da raça é muito bom, ultrapassando com facilidade médias superiores a 1.000 gramas/dia no confinamento. É comum vaca guzerá ultrapassar os 5.000 kg de leite por lactação.
Extremamente fértil, reproduzindo-se mesmo em condições adversas, contribuiu muito para o azebuamento do rebanho nacional.
No cruzamento com raças européias, aumenta a rusticidade dessas, viabilizando a criação dos mestiços, mesmo nas mais severas condições climáticas.
Além disso, o Guzerá serviu como base para a formação de algumas raças brasileiras, tais como: Indubrasil, Tabapuã, Pitangueiras, Lavínia e, especialmente, a raça GUZOLANDO, entre outras. E mais: o Guzerá foi a mais importante raça na formação do Brahman (American Brahman).
O coordenador da Expo Paracatu, médico veterinário e criador de Guzerá, Alisson Sampaio, explicou ao Paracatu Rural sobre essa exposição
Se quiser saber mais sobre o Guzerá, fique atento ao nosso Jornal do Agronegócio… teremos ainda vários episódios dessa série
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