A semana de 12 a 16 de agosto foi de extrema agitação e volatilidade para os preços do café nas bolsas de futuros pelo mundo e no mercado brasileiro. A palavra “geada” sempre causa apreensão para o café, e ela voltou a aparecer. No domingo (11/08), geadas de leve intensidade e frio intenso atingiram o cinturão cafeeiro do Brasil. Houve registros mais marcantes no cerrado mineiro e na mogiana paulista, mas também no sul de Minas Gerais.
Assim, as bolsas inicialmente dispararam na segunda-feira (12), tanto para o arábica em Nova York quanto para o robusta em Londres. Em NY, que baliza a comercialização global, o contrato dezembro bateu na segunda-feira (12) em 246,40 centavos de dólar por libra-peso, chegando no topo do dia a uma alta de 7%. Naturalmente, houve grande preocupação com quebra da safra brasileira de 2025 em função dessas geadas.
Porém, as informações que chegaram, mostraram que a geada foi branda e que provavelmente não teria maiores efeitos sobre a produção. E o mercado reduziu já bastante os ganhos na segunda, em NY.
Na terça-feira, 13, a bolsa de NY despencou, com dezembro chegando a mínima no dia em 228,30 centavos, com correção da alta anterior e com esse sentimento de alívio em torno de perdas com geadas.
Por outro lado, os relatos mostram, sim, preocupações com a safra de 2025. O frio intenso pode prejudicar a safra futura. Mas isso só deve ser melhor observado após as floradas. E a maior preocupação é com a falta de chuvas muito prolongadas em áreas como o sul de Minas Gerais. O déficit hídrico pode afetar o potencial produtivo em 2025. As informações são do portal “Safras e Mercado”.
O economista Haroldo Bonfá, da Pharos Consultoria, projeta um mercado de apreensão para o café nos próximos meses. A falta de chuvas pode prejudicar a florada e a próxima safra cafeeira. Caso a produção caia, o Brasil pode encontrar dificuldades em atender a demanda mundial, o que obrigaria o remanejamento de contratos e, consequentemente, provocaria uma disparada nas cotações.
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