De acordo com o IBRAFE, a queda do preço do feijão carioca durante a quarta semana de julho ultrapassou todos os limites aceitáveis. Tanto empacotadores quanto produtores estão de acordo que a redução foi exagerada. A previsão para a safra deste ano é menor que a do ano passado e estará concentrada principalmente no mês de agosto. Mesmo com essa previsão, não há justificativa para que os preços estejam muito abaixo de R$ 250, e muito menos ao redor de R$ 200 como estão atualmente, antes mesmo do pico da colheita. Um dos fatores que contribui para essa situação é a limitação dos levantamentos de safra, que são realizados exclusivamente pela CONAB.
Esses levantamentos não contemplam informações cruciais, como o fato de que o Brasil também produz feijão rajado e vermelho. Ao incluir todas essas variedades na mesma planilha sob a categoria “Feijão cores”, podem ocorrer distorções significativas, especialmente em anos como este, em que o volume de produção é menor.
Nesta segunda-feira (29), O IBRAFE apresentará outros argumentos que indicam que a safra de feijão carioca pode ser consideravelmente menor que o inicialmente previsto. Esses dados adicionais serão fundamentais para entender melhor a situação e tomar decisões mais informadas sobre o mercado do feijão carioca.
O presidente do IBRAFE, Marcelo Lüders, analisa quais os melhores caminhos a serem seguidos pelo produtor de feijão em meio a atual baixa nos preços. O principal desafio é o armazenamento da produção em meio aos compromissos financeiros que precisam ser quitados pelos produtores rurais. Uma das alternativas é a postergação de algumas dívidas para o início do próximo ano, através de mecanismos já existentes, quando as cotações do feijão registram, em média, preços 20% maiores que os do período atual.
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