As cotações do trigo seguem firmes no mercado brasileiro, sustentadas por baixos estoques internos, especialmente para trigo de qualidade superior. A última safra ofereceu trigo de qualidade comercial muito ruim, aumentando a demanda por grãos de melhor qualidade. Em julho, os preços da saca de 60kg de trigo continuam a subir, com a média estadual cotada a R$ 68,89 na primeira semana do mês.
Segundo o relatório mensal do USDA/Wasde, as perspectivas para a safra global de trigo 2024/25 indicam menor oferta do cereal, com reduções na produção da Rússia, Ucrânia e União Europeia. No Brasil, a Conab estima que até a semana 26 (24 a 30/06/2024), 77,4% da área destinada ao cultivo do cereal já havia sido semeada. A previsão é de que 3,09 milhões de hectares sejam cultivados, redução de 11,3% em relação à safra anterior, mas com um aumento de 26,3% na produtividade, podendo alcançar 9,06 milhões de toneladas.
No Rio Grande do Sul, a Emater projeta uma produção de 4,1 milhões de toneladas para a safra de trigo 2024, um aumento de 55,27% em relação ao ano anterior, apesar da área plantada ter caído 12,84%. As informações são do portal “Agrolink”.
Vlamir Brandalizze comenta sobre as últimas movimentações envolvendo o mercado do trigo. A Rússia segue exportando até que haja confirmação oficial de quebra na safra, o que traz calmaria nas negociações a nível internacional. No Brasil, o clima tem contribuído para o bom desenvolvimento da próxima safra.
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